Ações da Prefeitura ajudam na adaptação e combate às mudanças climáticas

Dois anos após a realização da Semana do Clima da América Latina e Caribe, completados neste mês de agosto, Salvador já uniu esforços para uma série de iniciativas visando à adaptação e mitigação às mudanças do clima na cidade. No mesmo ano da realização do evento, em 2020, foi lançado na capital baiana o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC), com 57 ações propostas para o curto, médio e longo prazo, baseado em estratégias para a melhoria do clima na capital.

Aprovado pelo C40 (grupo de 40 grandes cidades do mundo preocupadas com a sustentabilidade), o documento de 281 páginas é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo em Salvador (Prodetur), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).

Cartilha digital – Este ano, o PMAMC foi adaptado para uma cartilha digital, para que a população tenha acesso fácil ao conteúdo, com informações básicas sobre o tema. O documento está disponível no portal sustentabilidade.salvador.ba.gov.br .

Além do PMAMC, a Secis tem trabalhado com outras frentes importantes nos últimos anos. Desde a Semana do Clima, a cidade conta com o Painel Salvador de Mudança do Clima, lançado durante a Semana do Clima, em parceria com a GIZ. Trata-se de uma rede de conhecimento técnico-científico sobre crise climática, com o propósito de observar, reunir, sistematizar e traduzir, em comunicação acessível a todos, conhecimentos e possibilidades de soluções de mitigação e adaptação aplicáveis à capital baiana.

Um dos frutos dessa rede foi o lançamento, no ano passado, de um caderno temático com pesquisas de dez áreas de conhecimento e atenção voltada para a cidade. Além disso, foram elaboradas cadeias de impacto climático com foco em cada câmara que compõe o painel, identificando os maiores riscos, ameaças, vulnerabilidades, e pontos de melhoria para cada área de estudo (energia, gerenciamento costeiro, áreas verdes, resíduos, saúde, água, mobilidade, resiliência, inovação para a sustentabilidade e eventos climáticos extremos).

Essas ações ganham atenção especial no atual contexto. No último dia 9, um relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que a Terra está esquentando de maneira alarmante. Se não houver uma redução nas emissões de gases do efeito estufa, o Nordeste brasileiro sofrerá longos períodos de seca, segundo especialistas.

Sustentabilidade – Neste ano, o mês de junho, de celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, foi marcado pela retomada da coleta seletiva em Salvador, viabilizada por uma parceria entre a Prefeitura de Salvador e a startup de impacto SO+MA. A iniciativa, sob responsabilidade da Secis, visa estimular o cidadão a praticar a coleta seletiva.

Ao todo, nove casas SO+MA já foram inauguradas em bairros como Paripe, Periperi, Ribeira, Stella Maris, Imbuí, Pituba (Uma na Avenida ACM e outra na Praça Ana Lúcia Magalhães), Cajazeiras, e Mussurunga. Nestes pontos, a população pode entregar materiais recicláveis diversos, a exemplo de papel, papelão, vidro, alumínio, sucata de ferro, garrafas PET, eletrodomésticos inservíveis e óleo de cozinha. 

Com a entrega do material, as pessoas acumulam pontos e podem trocá-los por benefícios, como cursos profissionalizantes, desconto em serviço de transporte privado por aplicativo, desconto em produtos de comerciantes parceiros, alimentação básica e itens de higiene.

“A implementação das casas SO+MA, a Operação Plantio Chuva, que realizamos todos os anos e já cultivou mais de 20 mil árvores na cidade, o incentivo às construções sustentáveis com o IPTU Verde e à energia solar, com o IPTU Amarelo – programa que oferece descontos no IPTU para residências que adotem a energia solar em Salvador – são algumas das ações que vêm sendo realizadas no sentido de tornar a cidade preparada e adaptada às mudanças climáticas”, ressalta a secretária de Sustentabilidade e Resiliência, Edna França.

Outra medida de impacto foi a ampliação da malha cicloviária na capital. Em 2012, havia cerca de 50 quilômetros de via para ciclistas. Em 2021, essa extensão foi ampliada para cerca de 310 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, que incentivam a adoção da bicicleta como meio de transporte e também como equipamento para a prática esportiva.

Novos projetos já começam a ser desenhados pela Secis. Um deles é o preparo a um chamamento previsto para ser publicado nos próximos meses, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de novos serviços inovadores, voltados à economia de baixo carbono. O projeto será viabilizado por um convênio firmado com o Senai/Cimatec.

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