Ocorre nesta quarta-feira (19), o júri popular da travesti suspeita de envolvimento na chacina que matou quatro motoristas por aplicativo na localidade conhecida como “Paz e Vida”, no Jardim Santo Inácio, em Salvador. O julgamento acontece no Salão do Júri do Fórum Ruy Barbosa, Amanda é a única suspeita viva e está presa desde então.
A acusada irá ser julgada pelos homicídios de Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix, Sávio da Silva Dias, e a tentativa de homicídio de um outro motorista, no dia 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h.
O júri está marcado para 8h e é comandado pela juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto. A promotora do caso será Mirella Barros Conceição Brito e a ré está sendo defendida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA). Serão 29 jurados.
Amanda é o nome social da acusada. Inicialmente a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) a identificava pelo nome de registro que ainda é utilizado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
De acordo com o motorista sobrevivente, principal testemunha do caso, a travesti era uma das pessoas mais violentas no cativeiro, ainda disse, que o objetivo dos criminosos era matar 10 motoristas de aplicativo por vingança.
O crime teria sido motivado por vários condutores terem cancelado corridas para a localidade, a viagem seria para levar a mães de um traficante que estava doente, ao médico.
O júri segue em andamento, esposas dos motoristas já foram ouvidas, e Nivaldo, o condutor que sobreviveu, teve um dos depoimentos mais longos, durando 41 minutos.
Suspeitos:
- Jeferson Palmeira Soares Santos, conhecido como “Jel”: apontado como mandante do crime; (encontrado morto dois dias depois do crime)
- Antônio Carlos Santos de Carvalho, de 19 anos: apontado por envolvimento; (morreu em confronto com policiais no mesmo dia do crime)
- Marcos Moura de Jesus, de 30 anos: apontado por envolvimento; (morreu em confronto com policiais no mesmo dia do crime)
- Amanda: apontada por envolvimento.