Empresa aérea descumpre ordem judicial e impede embarque de pet em Salvador

Desde o mês de fevereiro, o professor universitário João Tude se preparava junto com sua família para seguir todas as exigências e levar seu pet, um cão Boston Terrier de 11 anos, para uma temporada em Portugal, onde João e a esposa vão participar de um programa de pós-doutorado. João conseguiu autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária, do controle fronteiriço de Portugal e correu atrás de todos os pré-requisitos veterinários e sanitários para isso. Os planos, no entanto, foram barrados pela companhia aérea TAP, que no último sábado (6), data da viagem, impediu o embarque do cão, mesmo com decisões judiciais a obrigando.

“A TAP está ciente das decisões judiciais, mas não vai cumpri-las”, essas teriam sido as palavras ouvidas por Tude ao chegar ao aeroporto e ser encaminhado para conversar com um homem que se apresentou como advogado da companhia aérea. Ao tentar se dirigir ao guichê, ele teria sido informado pelo atendente que tinha ordens para não atendê-lo.

O professor classifica a conduta da companhia aérea como “uma perversidade”. “Qual seria minha alternativa? Abandonar o cão no aeroporto, um crime? Um animal idoso, que está com a família há 11 anos”, indagou. A família acabou não embarcando para Portugal e enfrenta agora, além da indefinição da situação, outros prejuízos. O casal tem, por exemplo, até esta quarta-feira (10) para fazer presencialmente a matrícula da filha. Mas para eles, o maior prejuízo é o emocional.

“A TAP vem descumprindo decisões judiciais reincidentemente. No aeroporto, quando fui fazer o boletim de ocorrência, me informaram que só naquela semana eu era o terceiro. Se sentem além da Justiça. É uma conduta de negligenciar a institucionalidade, as pessoas e os animais”, afirmou Tude.

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