No decorrer do primeiro turno das eleições parlamentares antecipadas, a França registrou a maior participação eleitoral na história recente. As votações podem derrubar a aliança centrista do atual presidente Emmanuel Macron, e obrigá-lo a completar o restante do seu mandato em parceria com a extrema-direita.
Às 17h em Paris, 59,39% dos eleitores haviam comparecido, registrando um aumento de 20% em relação ao último conjunto de eleições parlamentares realizadas em 2022, segundo dados publicados pelo Ministério do Interior francês.
A votação teve início às 8h no horário local, quando a França iniciou o processo de escolha dos 577 membros da sua Assembleia Nacional por meio de disputas acirradas em todo o país e nos seus territórios ultramarinos.
As eleições estão sendo realizadas três anos antes do necessário e três semanas após o partido de Macron ter sido derrotado pelo União Nacional, de extrema-direita, o partido de Marine Le Pen, nas eleições para o Parlamento Europeu.
Logo em seguida, Macron afirmou que não podia ignorar a mensagem enviada pelos eleitores e tomou a decisão “séria e pesada” de convocar eleições antecipadas — as primeiras na França desde 1997. Independentemente do resultado, o presidente comprometeu-se a permanecer no cargo até às próximas eleições presidenciais em França, em 2027.
A Assembleia Nacional é responsável pela aprovação de leis internas — desde pensões e impostos até imigração e educação — enquanto o presidente define a política externa, europeia e de defesa do país.