O presidente argentino, Javier Milei, iniciou uma campanha para tentar desencorajar a participação de trabalhadores na greve geral que foi convocada pela central sindical do paíscom data para ocorrer na próxima quarta-feira (24). A motivação do protesto é contra o decreto de Milei e o mega projeto de lei enviado ao Congresso, que alteram as leis trabalhistas e abordam a criminalização de manifestações.
O ministro da Justiça do país, Mariano Cúneo Libarona, já assegurou que pretende dar início a ações judiciais caso a greve não possua fundamentos legais. “Chega de governarem nosso país com greves”, pontuou em entrevista.
Segundo Libarona, a secretaria do Trabalho do país pode também declarar a greve ilegal e, nesse caso, seus organizadores serão processados por “danos e prejuízos”. O ministério de Segurança da Argentina, comandado por Patricia Bullrich, comunicou, em uma rede socia, ter criado um número de telefone para receber denúncias de empresários, comerciantes e trabalhadores que se sintam impostos de alguma forma a participar da greve.
O líder da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Héctor Daer, afirmou que a entidade sindical “não pressiona ninguém” e que as pessoas “vão chegar por conta própria” à manifestação. Além da greve geral, os sindicalistas organizam uma grande mobilização no Congresso Nacional para apoiar legisladores que votarão contra o mega-projeto de lei de Milei.