Conforme prometido pelos rodoviários na última sexta-feira (16) em protesto para cobrar o pagamento de valores acordados com a prefeitura e o Consórcio Salvador Norte (CSN), a manhã desta segunda-feira (19) amanheceu sem ônibus nas primeiras horas do dia. A prefeitura de Salvador organizou um esquema para atender os usuários do transporte público da cidade, disponibilizando o transporte complementar, os amarelinhos (STEC). Foram pouco mais de 200 ônibus amarelinhos que atuaram nas linhas de maior fluxo de usuários.
Mesmo com a paralisação geral encerrada as 8h da manhã, apenas coletivos da Concessionária Salvador Norte (CSN) seguem sem rodar. O Secretário de Mobilidade disse que após essa retomada dos ônibus, veículos da STEC seriam todos encaminhados para as regiões que a CSN cobre.
Segundo o Sindicato dos rodoviários, o tempo de saída dos ônibus das garagens até os terminais demora cerca de 30 minutos.
A paralisação de hoje tem o objetivo de protestar e reivindicar o pagamento das verbas rescisórias dos rodoviários que pertenciam a CSN. Eles solicitam ainda o desejo de serem incluídos na lista de prioridade da vacinação contra a Covid-19.
O impasse teve início no dia 27 de março, quando a Concessionária Salvador Norte (CSN) teve o contrato rescindido pela prefeitura de Salvador, após um relatório de uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da empresa. Segundo o prefeito Bruno Reis, o total da dívida acumulada da CSN é de R$ 516 milhões.
Em junho de 2020, a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da CSN, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a concessionária vinha descumprindo acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação.
O decreto foi para manter o serviço e garantir os empregos dos 4,5 mil funcionários que atuam no sistema.