A nova rodada de pagamentos do Auxílio Emergencial contará com um pente-fino realizado ao longo dos últimos 11 meses que cruzou dados bancários dos beneficiários e permitiu que o governo possa reduzir para 3 milhões o número de brasileiros que terão direito ao auxílio emergencial, esse número já inclui os 14 milhões que estão recebendo o Bolsa Família.
No ano passado o auxílio emergencial contemplou 65 milhões de beneficiários. Contudo, com o reajuste nas regras a rodada de pagamento das parcelas residuais (parcelas de R$ 300) reduziu para 57 milhões o número de pessoas que estavam recebendo o benefício do governo.
Cruzamento de dados
A plataforma que cruzou 11 base de dados foi desenvolvido pelas secretarias de Governo Digital bem como de Previdência e Trabalho, a nova base não ficará limitada apenas à liberação do auxílio emergencial, mas também deve ser utilizada em outros programas de distribuição de renda e emprego que possam vir a ser lançados.
Dentre os dados que foram utilizados no pente-fino estão os dados do CAGED, INSS, MEI, CNIS, onde apenas pelo CPF do beneficiário é possível identificar se o mesmo é servidor público, militar, aposentado, pensionista, empresário além de saber quais são seus dependentes no Imposto de Renda.
Redução de beneficiários
Inicialmente a expectativa era de que o Auxílio Emergencial fosse liberado para parte da população considerada “invisível” pelo governo, que são aqueles que não recebem nenhum tipo de programa de distribuição de renda como o Bolsa Família, ou ainda que trabalhe de carteira assinada.
Para essa situação era previsto o pagamento para 40 milhões de pessoas, logo, com o novo cruzamento de dados, parte destes “invisíveis” podem ficar de fora da nova prorrogação tendo em vista as informações utilizadas no novo pente-fino do governo.
Fonte: Jornal Contábil