Este 1º de maio do ano de 2024 também marca os 30 anos do adeus ao maior ídolo do Brasil no automobilismo, Ayrton Senna. O piloto morreu após um grave acidente ocorrido durante uma importante e decisivacorrida de Fórmula 1, onde Senna precisava vencer.
Na Fórmula 1, os treinos livres acontecem na sexta-feira, o classificatório no sábado e a corrida no domingo. Na sexta-feira, o piloto brasileiro Rubens Barrichello, que estava começando a carreira no automobilismo, sofreu um grave acidente e teve que ser hospitalizado com uma fratura no nariz e algumas escoriações. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger também sofreu um forte acidente, mas não teve a mesma sorte de Barrichello. Ratzenberger morreu na hora, o que gerou comoção no público e nos pilotos, que ficaram preocupados.
Eles se reuniram para exigir mais segurança na corrida e, inclusive, alguns afirmam que Ayrton Senna cogitou a possibilidade de não participar. No entanto, depois de um acordo entre pilotos e os diretores das equipes, decidiram continuar.
Ayrton Senna precisava vencer para passar Schumacher. A corrida era decisiva. E como era de costume, fez a volta mais rápida do treino classificatório e largou na primeira posição com uma excelente saída. Tudo estava sob controle. Ayrton Senna liderava a corrida, com Schumacher logo atrás. Mas na sexta volta, uma quebra na barra de direção fez Senna perder o controle do carro quando passava pela curva Tamburello, onde chocou-se com uma mureta de proteção a quase 300 km/h. A batida foi assustadora. Os narradores não sabiam como reagir. Senna foi levado de helicóptero para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ayrton Senna morreu no dia 1º de maio de 1994, aos 34 anos.
Seu velório foi um dos mais marcantes da história brasileira, com duração de cerca de 22 horas, e foi acompanhado por aproximadamente 240 mil pessoas. O choro pelas ruas revelava mais do que a perda de um ídolo, mas de uma paixão nacional. Era o sentimento de se despedir daquele que entrava nas casas de manhã cedinho, veloz, encantador, emocionante, com narração de Galvão Bueno, trilha sonora de vitória inesquecível aos ouvidos e ao coração. Àquela altura, o Brasil não era mais o país só do futebol.