A baiana Carolina Alves de Brito denunciou ter sido vítima de intolerância religiosa em Lisboa, capital de Portugal, onde mora e trabalha há 21 anos. Nas redes sociais, a mulher expôs a avaliação feita por um homem, identificado como Ruan Victor, onde ele disse que no seu estabelecimento da baiana de acarajé incentiva “magias malignas”.
“Não recomendo. Massa de acarajé mole e também o ambiente pesado com bonecos com tabaco na boca incentivando magias malignas”, descreve o homem no comentário. Ao contrário do Brasil, no país europeu a atitude preconceituosa não se configura como crime.
Carol lamentou a situação em sua publicação e pontuou a discriminação sofrida pelos afro-brasileiros, sendo o racismo o principal motivo da intolerância religiosa disseminada contra o candomblé e demais religiões de matriz africana. “Diante da impossibilidade de levar o caso aos tribunais portugueses como crime, fazemos questão de expor a mensagem […] Jamais deixaremos de reverenciar nossos ancestrais, pois essa é a nossa grande missão”.
A soteropolitana aprendeu sobre a culinária da Bahia em família e começou a trabalhar com baiana de acarajé ainda adolescente. Quando completou 18 anos, se mudou para Portugal, onde abriu seu restaurante.