O baiano Douglas Rosa, que mora há três anos em Portugal na cidade de Faro e trabalha na área de construção civil, foi agredido e espancado juntamente com um grupo de amigos venezuelanos, após serem expulsos de uma boate.
A denúncia foi realizada pela esposa da vítima, Gislaine Rosa, que trabalha como auxiliar de cozinha no país. “[Douglas e os amigos] Estavam bailando, dançando normal quando, de repente, mais ou menos cinco minutos depois, entraram sete seguranças apontando para o meu companheiro e mais dois amigos nossos, dizendo ‘tira esse, tira esse, tira esse’. Aí começaram a tirar eles brutalmente dentro da discoteca”, relatou Gislaine.
Segundo a denúncia, as vítimas estavam na boate Call in Faro, para a comemoração de um aniversário quando foram pegos de surpresa. “Começaram a empurrar com pontapés, jogaram na rua e dizendo: ‘Vão embora, sumam daqui, não queremos vocês aqui”, contou ao afirmar que não entende o que teria motivado as agressões, até então, sem motivos.
Gislaine relatou que que Douglas ficou muito machucado, assim como os outros integrantes do grupo. “Meu esposo levou uma paulada na cabeça, está com hematomas, vários pontos na cabeça. Meu amigo também levou um soco no olho, fraturou a parte de baixo do olho”, contou.
De acordo com a esposa da vítima, a polícia já foi acionada, mas até o momento ninguém foi preso, mesmo com um dos homens agredidos já tendo prestado queixa na delegacia. O grupo está se organizando para pedir auxílio jurídico ao Consulado do Brasil, em Lisboa. “Eu não vou ser mais um caso, eu vou ser o caso aqui. Vamos revolucionar Portugal porque isso não vai ficar assim, eu quero justiça”, disse.
Através de nota divulgada, o estabelecimento negou que as agressões tenham partido de seus funcionários e que está buscando esclarecer o caso junto com as autoridades. “Neste momento estamos à procura da melhor solução para o ocorrido Sempre recebemos pessoas de todos os gêneros e nacionalidades, com funcionários qualificados e preparados para oferecer o melhor serviço”.