Um balanço conduzido pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ferramenta do Ministério da Economia que fornece indicadores relativos à quantidade de empresas registradas no país, revelou que 1,3 milhão de negócios de pequeno, médio e grande porte abriram as portas no Brasil no primeiro quadrimestre de 2022.
De acordo com a análise, dentre os novos negócios, 79% são MEIs (Microempreendedor Individual) e 21% se dividem em micro, pequenas e grandes empresas. O Mapa de Empresas também mostra que 541 mil iniciativas foram fechadas nos quatro primeiros meses. Paralelamente, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que menos de 40% das empresas sobreviveram após os cinco primeiros anos.
“Neste panorama, a prática do ‘branding’ (‘marca’, em tradução livre) – estratégia que busca despertar o interesse pelos valores que um empreendimento desenvolve em torno de si – pode ser vista como uma das questões mais preciosas e estratégicas de uma companhia”, afirma Paulo Guilherme Leal, especialista em marketing estratégico e empreendedorismo.
“O branding é como sua empresa é vista no mercado. Ninguém quer estar ligado a marcas ou empresas que gerem polêmicas, que tratam mal seus clientes ou que não sabem se comunicar direito”, explica Leal.
Segundo ele, uma boa estratégia de branding não se resume apenas a uma marca ou logo bem feitos, mas passa por uma comunicação clara, onde o cliente olha e entende o produto ou serviço. “Marcas que conseguem traduzir, ‘de cara’, para que servem, têm mais possibilidade de terem sucesso do que outras marcas que ainda precisam explicar a seus clientes o que elas são”.
O especialista em marketing estratégico e empreendedorismo acrescenta que determinados elementos são essenciais para a construção de uma marca que busca traduzir os valores de uma empresa, além de passar credibilidade para o seu mercado de atuação.
“É necessário ter uma comunicação clara, com transparência e com ações. Não basta criar os valores da empresa em um plano de negócios, onde se coloca o atendimento ao cliente como primeiro pilar, por exemplo, e quando ocorre algum problema, dificulta a vida do cliente para ter a resolução”, diz ele.
“Se você tem um escritório de advocacia, não pode ter uma logomarca toda festeira. Tira a credibilidade”, ressalta Leal. Ele destaca que, para gerar credibilidade, um branding deve passar por treinamento e desenvolvimento contínuo da equipe e dos parceiros comerciais. ”No final das contas, todos ‘falam’ pela empresa e essa cultura precisa estar colocada em todas as áreas”, finaliza.
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