Brasil registra primeira morte por varíola do macaco fora do continente africano

Paciente era um homem imunocomprometido que estava internado em Uberlândia (MG)

O Brasil registrou nesta sexta-feira (29) a primeira morte por varíola do macaco (monkeypox) fora do continente africano. A vítima era um homem que estava internado em um hospital de Uberlândia (MG). Segundo o Ministério da Saúde, ele tinha imunossupressão.

As informações mais recentes sobre óbitos por varíola do macaco divulgadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) davam conta de cinco óbitos no surto deste ano, todos em países da África, onde a doença é endêmica.

Até a quarta-feira (27), o Brasil tinha 978 casos de varíola do macaco, 75% das ocorrências no estado de São Paulo (744). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44).

Nos 71 países que já detectaram casos, mas onde a doença não é endêmica – incluindo o Brasil –, não havia sido registrada nenhuma morte até o momento. 

Entretanto, a líder técnica de monkeypox da OMS, Rosamund Lewis, lembrou nesta semana que crianças, gestantes e indivíduos com imunossupressão são considerados grupos de risco dessa doença. 

“Crianças têm um risco aumentado de doença grave – isso não quer dizer que qualquer criança que contraia a doença terá um quadro severo. Crianças, gestantes e imunocomprometidos são os grupos que podem desenvolver doença severa. As crianças ainda estão formando seu sistema imunológico. Algumas pessoas têm o sistema imunológico mais fraco, seja por doença, seja, por exemplo, por quimioterapia ou outros tratamentos”, disse a especialista, em entrevista coletiva na quarta-feira. 

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, na mesma ocasião, que a taxa de hospitalização nesse surto tem sido em torno de 10%, na maioria das vezes para controle da dor. 

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