Bruno critica formação das comissões na Câmara: ‘é um caso que cabe à justiça’

‘Dizer que estão respeitando o princípio da proporcionalidade é querer enganar a população’, criticou o prefeito

Sem citar o nome do antigo aliado e presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Geraldo Jr. (MDB), Bruno Reis (União Brasil) criticou o que sinalizou ser ‘canetadas’ na constituição das comissões do parlamento municipal, que, segundo o mandatário, não ‘tem respeitado a proporcionalidade’ dos partidos,  nem escutado os 14 líderes partidários da Casa para a composição dos órgãos colegiados.

De acordo com o prefeito, o União Brasil, partido com o maior número de vereadores na Câmara, deveria presidir a principal comissão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque ‘é assim em qualquer parlamento’, mas nem sequer tem um membro no órgão. Outra sigla prejudicada, o PP, segunda maior bancada na CMS, também não participa das principais comissões.

Na avaliação do prefeito, a oposição na CMS, alçada subitamente à presidência desde o cisma com o MDB, desrespeita a Lei Orgânica do Município. “É inadmissível que o União Brasil, o maior partido da Câmara, que desde a existência dessa Casa foi sempre o maior partido que presidiu a CCJ não esteja lá. O segundo maior partido é o PP, não tem um membro do PP e do União Brasil, com seis vereadores cada partido, nem na CCJ, nem na Comissão de Orçamento.”, criticou.

“Dizer que estão respeitando o princípio da proporcionalidade é querer enganar a população. Em qualquer parlamento do mundo, do Brasil, vá na Assembleia Legislativa, quem indica os membros das comissões são os líderes partidários, nós temos 14 líderes partidários na Câmara Municipal. E as comissões são montadas por atos da mesa, isso é um desrespeito ao Regimento, à Lei Orgânica do Município e à Constituição Brasileira e nós não admitimos isso.”

“Quem é o presidente da CCJ na Câmara dos Deputados? Deputado Arthur Maia, do União Brasil, com o maior partido na Casa. É assim em qualquer parlamento. Aí vim ocupar por indicação da mesa as principais comissões, sendo menos de um terço de vereadores na base da oposição e que a base do governo fique com as outras comissões de menor relevância é achar o quê? Que vai enganar a cidade e vai enganar as pessoas? Isso não. Isso é inadmissível. Isso a gente não aceita.”

Segundo Bruno Reis, o ‘bom senso e a justiça’ devem prevalecer na formação das comissões da CMS. “Então esse é um caso que cabe à justiça decidir”, disse.

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