Presidente da Câmara chamou o subsídio, proposto por Bruno Reis, de “medida paliativa”
Após o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), afirmar que é “uma medida paliativa” o projeto encaminhado à Casa pelo prefeito Bruno Reis (UB), pedindo autorização para o Município subsidiar parte do valor da tarifa de ônibus, o chefe do Executivo soteropolitano respondeu o ex-aliado, nesta terça-feira (21).
O prefeito disse que o presidente da Câmara deveria estar preocupado em defender que o governador Rui Costa (PT) reduza o ICMS dos combustíveis e que o governo federal pague o subsídio do transporte público.
“Os municípios não têm condições de pagar essa conta de um aumento de 130% do óleo diesel em um ano, muito menos a população. O diesel é o principal componente do transporte público. Antes representava apenas 18% e agora já passa de 28% do custo da operação. Esse assunto tem que ser tratado com toda a seriedade que ele exige”, pontuou o prefeito.
Ainda na entrevista coletiva, Bruno Reis afirmou que se hoje os ônibus estão na rua, circulando, é graças ao esforço que a prefeitura vem fazendo para custear o sistema. “Só a diferença do diesel esse ano, na operação, em relação ao ano passado, está dando algo em torno de R$ 97 milhões. Se continuar aumentando, eu não sei aonde nós vamos parar”, concluiu.
“Não é um problema específico de Salvador, é um problema do Brasil. Nós estamos vendo diversas cidades com operações paralisadas,diversos movimentos de rodoviários que não estão recebendo seus salários, não receberam reajuste, e estão paralisando, enquanto aqui em Salvador o serviço vem funcionando mesmo com toda a dificuldade do momento”, acrescentou o gestor.
Segundo Geraldo Júnior, o projeto proposto por Bruno Reis está tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e deverá ir para a Comissão de Transportes. “Audiências públicas serão realizadas”, disse o pré-candidato a vice-governador da Bahia.
