Para quem gosta desses animais e deseja vê-los juntos, é importante fazer a adaptação adequada para conquistar a harmonia entre eles
Se você gosta de pets e está pensando em ter cachorro e gato ao mesmo tempo, pode estar um tanto inseguro. Afinal, a inimizade entre esses dois peludos é famosa e, muitas vezes, a convivência pode ser um desafio. Contudo, tomando os devidos cuidados, é possível ter uma família com pets de personalidades diferentes. A falta de sintonia entre cães e gatos é retratada de forma recorrente em inúmeros filmes e desenhos infantis que os mostram como eternos inimigos. Mas será que essa história é realmente verdade? Para a Dra. Nicole Cherobim, médica veterinária da EcoCão Espaço Pet, primeira franquia dedicada ao bem-estar animal, não existe rixa entre os dois: “Paciência e bom senso é fundamental na socialização”, explica.
Segundo a especialista, o processo de domesticação modificou bastante o comportamento desses amigos. Muitos cãezinhos possuem atitudes amigáveis com os gatos. Os bigodudos, por sua vez, às vezes se sentem confortáveis ao lado dos cachorros. Tudo depende da personalidade e do estilo de criação do pet, como relata a veterinária: “Existe algo individual que faz com que alguns animais se dêem melhor com uns do que com outros. Mais ou menos como acontece com humanos quando naturalmente nos afeiçoamos mais a algumas pessoas do que a outras”, diz.
Para promover a amizade entre os dois, é considerável que o gato e o cachorro se conheçam antes para que a convivência seja harmoniosa no futuro. “De uma forma geral, quanto mais você socializa seu animal com passeios na rua ou em parques, mais facilmente aceitará amizades”, avalia a veterinária.
Cachorros e gatos têm comportamentos e personalidades diferentes. Entretanto, sempre trazem alegria, diversão e muito amor para os lares. Por isso, uma tutoria responsável envolve cuidado, carinho e atenção. “Para que eles se respeitem é importante o tempo. Em primeiro lugar, o tutor pode mantê-los em ambientes separados da casa, sem contato visual, mas de forma que um possa sentir o cheiro e ouvir o outro. Após algumas semanas, é indicada a troca de olhares e só então o contato físico, tudo monitorado pelo tutor. Essa técnica costuma funcionar e os animais passam a conviver bem”, recomenda a profissional.
Se as tentativas não estiverem ajudando na amizade entre eles, o tutor pode buscar auxílio profissional. “O especialista vai avaliar e conduzir a situação da melhor forma possível, levando em consideração o comportamento de ambos e a condição ambiental e da família. Alguns pets podem precisar de um adestramento completo, que vai identificar suas inseguranças e trabalhar para que se sinta mais confortável”, conclui Nicole.
Fonte: Magda Fonte / Markable comunicação