Caixa d’água bem dimensionada previne desabastecimento em imóveis

Após a conclusão dos serviços de manutenção preventiva no sistema integrado de abastecimento de água de Salvador e Região Metropolitana, finalizados na noite de terça-feira (19), a retomada do fornecimento de água nas áreas afetadas vem sendo realizada de forma gradativa, com previsão de normalização completa na noite desta sexta-feira (22). Até o início da tarde de hoje (21), cerca de 80% das áreas afetadas já estavam com o abastecimento totalmente regularizado.  

Nos momentos em que é necessário interromper a operação do sistema de abastecimento para possibilitar a execução dos serviços, a necessidade de possuir caixa d’água no domicílio fica ainda mais evidente. “A instalação de um reservatório, ou caixa d’água, é um investimento necessário para garantir a regularidade do abastecimento nos imóveis. Este tipo de equipamento é fundamental para que, em casos de interrupção no fornecimento de água, o imóvel permaneça abastecido enquanto as manutenções são realizadas”, alerta Manuella Andrade, diretora de Operação de Salvador e RMS.   

Para ter uma reserva segura e garantir água nas torneiras nestas situações, é fundamental que os imóveis estejam com as instalações hidráulicas internas de acordo com a resolução 005/2019 da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa). Segundo a regra, é dever do usuário dispor de reservação domiciliar dimensionada com base na norma técnica brasileira, que define que a reservação total a ser acumulada nos reservatórios inferior e superior não deve ser menor do que o consumo diário de água dos ocupantes do imóvel.  

A recomendação é calcular uma média de 180 a 200 litros, por dia, para cada ocupante do imóvel. Deve-se computar, ainda, mais 50% do consumo total para reserva de incêndio. Dessa forma, uma família de cinco pessoas, por exemplo, demanda reservatório com capacidade por volta dos 1.500 litros.  

As normativas vigentes também estabelecem que, em imóveis com mais de um pavimento, é necessária a instalação de bomba no reservatório térreo para elevar água até a caixa d´água superior. Assim, os moradores não percebem ou sentem menos os efeitos das interrupções programadas ou emergenciais. “Independentemente da localização do imóvel, estar atento às regras construtivas garante que os moradores passem por estes períodos de manutenção no sistema, que são inevitáveis, de forma muito mais tranquila”, assegura Manuella. 

Para o aposentado Marcial Reis, de 55 anos, morador do bairro de Massaranduba, a interrupção não afetou em nada a rotina da sua residência: “essa semana, eu vi vizinhos passando com baldes, mas, na minha casa, nunca faltou água. A casa tem dois andares e temos reservatório em cima e no térreo, com bomba para funcionar só quando é necessário”.  

“Aprendi com meus avós que é preciso ter tanque, porque o abastecimento pode ser interrompido pela Embasa por algum problema ou necessidade. Por isso, já é cultural da minha família: se vamos construir uma casa, a gente precisa já programar o lugar de colocar os reservatórios para não passar dificuldade. Sempre que tem alguma interrupção, os vizinhos que não têm tanque ficam sem água. Muitas vezes, até ajudo com um balde!”, conta Marcial.  v

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