Conversei com policiais militares da Bahia e identifiquei que esses servidores públicos estão por volta de 7 anos sem reajuste salarial. Mas quando é tratado das questões de aumento da violência, no Estado da Bahia, nenhum representante do governo aborda esse ponto.
A situação dos PMs é tão complicada que muitos, principalmente, praças da corporação já não tem margem de empréstimo de consignados em instituições financeiras.
Segundo relato de um policial que não quis de se identificar temendo repreensão…: “Muitos colegas dobram a rotina de trabalho nos bicos”.
Bicos são atividades de trabalho fora da carga horária. Esses serviços podem ser oficiais como as horas extras oferecida pela PM como também extraoficiais, ou seja, diversos tipos de funções não regulamentadas em lei. Algumas dessas geram riscos até maiores que a própria profissão exercida.
Fato é que, de acordo com o que apurado, os policiais não conseguem ter uma vida minimamente digna senão tiver essas atividades de complementação de renda.
É importante ressaltar, nesse contexto, que eles são os que estão mais sujeitos a própria violência que combatem. Policial na Bahia não deve andar em ônibus ou morar em qualquer lugar, pois correm risco de vida constantemente. Os números da violência, veiculado frequentemente pela mídia, comprovam que a Bahia é um dos Estado que mais morrem PMs em serviço e fora dele.
Ademais não são é só a violência que é preocupante. Mais aumento de trabalho, mais estresse. Problemas que vão somatizando e desencadeia problemas familiares e até suicídios. Uma coisa está associada a outra.
Mudar esse quadro não é possível. Pois com a renda salarial atual, há dificuldades para adquirir imóvel ou, até mesmo, manter o veículo que tem para ir e voltar para o trabalho porque o ganho salarial do PM, hoje, mal dá para arcar com a alimentação e outras contas básicas, por exemplo, água, gás, energia e combustível.
Grande conhecedor dessa lastimável situação, um dos defensores da causa da segurança pública, em especial, da categoria dos policiais militares, o ex deputado estadual capitão Tadeu apresentou fundamentos que é possível reajuste dos salários dos policiais militares.
Veja a seguir texto veiculado pelo ex-deputado estadual:
Segundo o Vice-Governador, João Leão:
1. O orçamento da Bahia cresceu 42,3%, desde 2014.
2. A arrecadação de ICMS cresceu 63,9%, desde 2014.
Segundo o Presidente do Instituto dos Auditores Fiscais, Marcos Carneiro:
1. A Bahia, neste último quadrimestre, teve um acréscimo de receita de 9,2% em relação ao primeiro quadrimestre do ano.
2. O Estado deverá ter em 2021 um superávit de R$ 4 bilhões.
3. O percentual do orçamento destinado a pagamento de pessoal este ano está em torno de 36,9%, enquanto o limite prudencial destinado a pagar salários de servidor é de 46,7%, conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Governo tem uma folga de 9.8% sobre o Orçamento, o que equivale a R$ 4 bilhões, que pode e deve ser usado para reposição das perdas inflacionárias dos servidores.
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De 2015 a 2021: Aumento Zero para Servidor Público,
Portanto, em 2022 esperamos um bom aumento.
A economia está melhorando e o Estado tem saldo positivo e folga na Lei de Responsabilidade Fiscal. Pode muito !
O governo estará sensível a rever a política de melhoria salarial desses servidores?
Veremos!
Por / Tatiane Lena
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