Segundo a secretária Fernanda Lordelo, o espaço integrado evita revitimização, além de reduzir custos e tempo para as mulheres atendidas
Durante assinatura de ordem de serviço para início das obras da Casa da Mulher Brasileira pelo prefeito Bruno Reis (UB), na manhã desta terça-feira (17), a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, Fernanda Lordelo, comentou a importância do equipamento para a população de Salvador.
“Esse equipamento é o segundo do Brasil. O primeiro é em São Paulo, então no Nordeste é o primeiro. E ele vai fazer todo o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar”, disse a titular da SPMJ em entrevista ao bahia.ba.
Segundo a secretária, a diferença da Casa da Mulher para outras iniciativas é que ele integra uma série de serviços da rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar, a exemplo do Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público, Segurança Pública, Delegacia de Defesa da Mulher (Deam) e equipe psicossocial, além de brinquedoteca e auditório. “Ou seja, essa mulher, no mesmo espaço e no funcionamento em 24h, vai ter todos os serviços especializados para atendê-la”, pontuou Lordelo.
“E por que isso é muito importante? Primeiro, porque a gente não fica lançando essa mulher de um espaço a outro, o que é custo, tempo, e uma mulher em situação de violência muitas vezes desiste de ser atendida em razão disso; e segundo, porque neste momento a gente acaba com a revitimização que a Lei Maria da Pena nos impõe. Essa mulher não precisa ficar repetindo a violência dela a cada espaço que ela vai, porque todos os serviços estarão integrados no mesmo espaço”, explicou a secretária.
Com uma área de 3,5 mil m², a estrutura da Casa da Mulher Brasileira será construída em um terreno cedido pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) ao município e localizado na Avenida Tancredo Neves, ao lado do Hospital Sarah. A gestão do espaço será realizada pela SPMJ.
