Após sete semanas em alta, número de mortes causadas pela Covid-19 volta a cair no Brasil

Variante covid19

Gráfico que mostra a quantidade de casos está na descendente desde o início de fevereiro, um sinal de que a terceira onda, impulsionada pela Ômicron, está perdendo força.

Após quedas seguidas no número de casos de Covid-19 registrados no Brasil, a semana encerrada no sábado (19) mostrou que as mortes, enfim, começaram a perder força.

Segundo o painel de acompanhamento da pandemia do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), caiu 7% a quantidade de óbitos entre os períodos de 6 a 12 de fevereiro (6.246) e 13 a 19 do mesmo mês (5.832).

Foi a primeira redução em sete semanas, desde o intervalo entre 19 e 25 de dezembro de 2021, quando o número de mortes passou de 670 para 681.

A terceira onda da pandemia de Covid-19 no país foi motivada pela variante Ômicron, que se alastra mais facilmente, mas que mata na maior parte das vezes pessoas que não se vacinaram.

Como o número de imunizados no Brasil é alto – acima de 70% da população já tomou duas doses ou a aplicação única da Johnson –, a Ômicron, diziam os especialistas, fatalmente faria subir o número de casos, mas o de óbitos não acompanharia essa escalada na mesma proporção.

Como ocorre em vários países do mundo, principalmente os da Europa, ambos os dados (casos e mortes) também teriam prazo de duração curto por causa da imunidade atingida por meio das vacinas ou da doença.

Na comparação das duas últimas semanas, voltou a diminuir o total de casos. Entre 6 e 12 de fevereiro foram 952.470. Nos sete dias seguintes, 741.884 (22% menos).

Em três semanas, a quantidade de doentes desabou 44%. Entre 23 e 29 de janeiro, as 27 unidades da Federação somaram 1.305.447 testes positivos, o auge do número de infecções desde o início da pandemia no Brasil.

“Depois de algum tempo, seria natural caírem primeiro os registros de casos para posteriormente, após duas ou três semanas, os de óbitos”, explicou o infectologista Renato Kfouri há duas semanas. Na ocasião, ele disse também que o melhor seria esperar algum tempo para ver se essa tendência se confirmaria. Aparentemente, a resposta foi positiva.

Na semana passada, Kfouri, que é diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirmou que a expectativa para os dias posteriores era de queda no número de mortes. “É isso que está acontecendo em outros países, e a expectativa é que ocorra aqui”, antecipou.

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