Clima de já ganhou do PT e mudança de lado de ex-aliados causa uma onda de apoio espontâneo em prol de ACM Neto

A eleição de 2022 vai ficar marcada como as eleições das surpresas e dos erros da maioria dos institutos de pesquisas

Havia uma expectativa da eleição de ACM Neto no primeiro turno. Pois não resta dúvida de que o histórico do ex-prefeito é de maior experiência para ser governador. Ter sido deputado federal, prefeito por dois mandatos e bem avaliado todos os anos da sua gestão foram alguns dos fatores que credenciaram para, os seus apoiadores, acreditarem na vitória no primeiro turno.

O seu rival, Jerônimo Rodrigues (PT), até pouco meses atrás era um desconhecido no cenário político. Teve como cargo relevante o de secretário de educação do Estado. Mas os números oficiais mostram que não foi um secretário bem avaliado.

Então o que explica o segundo turno com Jerônimo tendo uma porcentagem interessante de frente?

Vários fatores explicam isso. Um deles é a força do 13 na Bahia. Muitos eleitores baianos nem sabiam e não sabem detalhes do histórico do candidato do PT. Eles votaram no 13. Número que está presente no imaginário brasileiro e especialmente no do nordestino por mais de 4 décadas.

Fato é que ir para o segundo turno com porcentagem relevante fez com que o clima de já ganhou tomasse conta da campanha no segundo turno, para o lado vermelho, na Bahia.

Os principais líderes dos partidos deram entrevistas após os resultados e é possível depreender que dão como certa a vitória. O governador Rui Costa, em reunião com deputados eleitos dos partidos que formam a aliança, afirmou que: ACM Neto vai se arrepender de não ter perdido no primeiro turno.

Somado a isso, os dias que tem se sucedido após o primeiro turno tem sido marcado pela troca de lado de aliados importantes para o lado do PT. Cito três deles que foram candidatos a deputados e apoiavam Neto, mas não conseguiram se eleger. Dr. David Rios que era do próprio partido de ACM, Joceval Rodrigues, presidente do partido Cidadania na Bahia e que inclusive já foi líder do governo municipal na Câmara. E por último, Heber Santana, líder do partido PSC na Bahia.

Todos eles fizeram vídeos declarando apoio publicamente a candidatura de Jerônimo. O que era de esperar é que as comunidades, liderados e segmentos que representam iriam estar alinhados com eles. No entanto, o que tem acontecido é um efeito contrário. Os eleitores não gostaram nada dessa postura de abandono do barco e não seguiram essa orientação, muitos deles, inclusive, fortaleceram a militância individual e voluntária para a candidatura de Neto.

Se essa onda espontânea irá crescer ou dissolver e, assim, os apoios confirmarem para um fortalecimento dos petistas até a vitória, só as urnas no dia 30 de outubro dirão.

Por / Pereira

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