Secretário de Saúde de Salvador, Décio Martins foi convocado pela CMS para prestar esclarecimentos
Motivo de embates acalorados entre governistas e oposição, a convocação do Secretário de Saúde do Município de Salvador, Décio Martins, foi adiada pela Câmara Municipal (CMS) para o dia 2 de agosto. O motivo, segundo comunicado, está atrelado ao recesso parlamentar, determinado até o dia 31 de julho.
O secretário revelou a sua estratégia para o imbróglio durante entrevista à rádio Metrópole na manhã desta terça-feira (19). O motivo da convocação é para que o secretário dê esclarecimentos sobre a contratação do Instituto de Saúde e Cidadania (ISAC), após denúncia de um suposto favorecimento para uma empresa administrar o 16º Centro de Urgência Maria Conceição Santiago Imbassahy.
O secretário deve responder aos questionamentos feitos pelo vereador Carlos Muniz na sessão ordinária realizada no dia 14 de junho, quando o edil apresentou uma série de fatos que levou a uma denúncia que supostamente beneficiou o Instituto de Saúde e Cidadania (ISAC), no certame que decidiu a empresa para gerir o centro, localizado no Pau Miúdo, em Salvador.
“A CMS entrou em recesso então a convocação, recebi os ofícios e vi noticiado na imprensa, para o dia 2 de agosto. Ainda faltam 20 dias. Estou focado em vacinar as pessoas, salvar a vida das pessoas. Com todo respeito que tenho à CMS. Todos os processos que fazemos na secretaria é dentro da normalidade e legalidade”, afirmou o secretário de saúde de Salvador.
Ele afirmou que, mais à frente, vai sentar junto a atores políticos do Executivo para tomar uma posição: “Vou sentar com Bruno Reis para discutir, pensar nas melhores estratégias. O foco agora é salvar vidas”, finalizou.
Presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior afirma que a independência dos poderes deve ser respeitada e o não comparecimento pode acarretar transtornos ao secretário.
“Não podemos compactuar com a ideia de subserviência e subordinação de um poder ao outro. Esta Casa se respeita e deve ser respeitada por quem quer seja. Ninguém está acima da Constituição Federal, mesmo que alguns se achem semideuses”, afirmou Geraldo Júnior.