O governador Rui Costa anunciou na manhã desta sexta-feira (21) que irá se reunir com prefeitos de cidades da região metropolitana de Salvador, na próxima segunda-feira (24), para definir novas medidas de restrição contra o avanço da Covid-19 na Bahia.
A decisão será tomada depois que o estado registrou 83% dos leitos de UTI ocupados, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde (Sesab), na quinta-feira (20).
O anúncio foi feito durante uma visita a obras de macrodrenagem na localidade do Dique do Cabrito, em Salvador.
Rui cobrou cooperação da população e disse ser inadmissível as pessoas “dançarem” com o vírus, em referência às aglomerações promovidas em festas de diversos tipos, em bares, galpões e espaços para eventos.
“É uma tragédia e ficamos todos exaustos. Socialmente, economicamente, psicologicamente exaustos. É preciso não brincar com o vírus. Não dançar pagode, nem axe, nem forró com o vírus. Se você chamar ele para dançar em garagem, em paredões, ele vai levar você, seu pai. seu irmão. Não para dançar, mas para o caixão. Dá uma profunda indignação”, disse o governador.
O chefe do Executivo não deu detalhes sobre as medidas que serão adotadas, mas citou números de ocupação de leitos de UTI em regiões do estado, destacando a região de Paulo Afonso, no norte da Bahia, e regiões no extremo sul do estado que já atingiram 100% das unidades em uso.
Alta de contágio em períodos de festa
Rui Costa disse também estar apreensivo – ou, nas palavras dele, “apavorado” – com a aproximação do período do São João. Mesmo com os festejos juninos cancelados no estado, o governador destacou que as reuniões de família provocam aglomeração e descuidos nos cuidados sanitários.
E, segundo ele, sempre após períodos festivos é possível ver uma curva ascendente no número de pessoas infectadas pela Covid-19.
“Vou mostrar os gráficos do crescimento que temos da Covid, que está associado a alguma comemoração. Não é só evento de comemoração de rua. Por exemplo, no dia das mães: nitidamente se vê uma linha horizontal e uma semana depois a “barriga” [a curva de contágio] crescer”.
Por G1BA