Após pedido de recuperação judicial, feito no último dia 27, e sob acusações de ocultação de patrimônio pelo Banco Santander, o Grupo Petrópolis segue na tentativa de tranquilizar os trabalhadores. “Independente do momento, a empresa não pretende vender suas fábricas ou marcas e seguirá honrando compromissos com os funcionários, com parceiros e com o mercado”, garante a fábrica dona da marca Itaipava, que tem uma de suas plantas em Alagoinhas, no interior da Bahia.
Na última sexta-feira (31), o jornal Valor Econômico divulgou uma ação da Justiça de São Paulo que indicava uma acusação de risco de ocultação de patrimônio feita pelo Banco Santander ao dono do grupo. A ação aponta a negociação entre o banco e a empresa sobre o pagamento de uma dívida de R$ 107,37 milhões, que teria vencido em 27 de março.
Ao site Metro1, a fabricante de bebidas classificou a ação do Santander como uma “manobra oportunista”, que segundo a empresa se valeu da dívida para o pressionar. “O Grupo Petrópolis não cedeu à chantagem e optou pela recuperação judicial. O banco estava impondo condições comerciais inaceitáveis para rolagem não só da dívida de R$ 107 milhões, mas das demais operações existentes com a Cervejaria”, declarou.
No mesmo dia, a dona da Itaipava conseguiu a penhora de R$ 71 milhões em contas vinculadas do Santander para garantir o pagamento dos salários dos trabalhadores da cervejaria.
A retenção de valores pelo banco gerou insegurança entre os trabalhadores da fábrica em Alagoinhas. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas da Bahia (Sindibeb), o pagamento da folha dos operários, que aconteceu na manhã do último dia útil do mês, só foi feito na tarde do mesmo dia, após uma reunião online do grupo junto com o corporativo da empresa.
A categoria realizou, nesta quarta-feira (5), uma reunião com os trabalhadores para definir parâmetros e garantias a serem discutidos com a empresa. A Petrópolis diz que mantém uma comunicação transparente com os sindicatos, órgãos de classe e entidades de defesa da categoria.
Com informações do site Metro1