Apoiado nas vendas de 1,5 milhão de novas cotas, acumuladas nos cinco primeiros meses do ano, o Sistema de Consórcios quebrou mais um recorde de participantes ativos ao atingir, em maio, 8,62 milhões e ultrapassar as marcas registradas anteriormente. O total apontou crescimento de 7,5% sobre os 8,02 milhões anotados no mesmo mês do ano passado.
Neste 2022, quando a modalidade está completando 60 anos, as adesões avançaram 11,1%, sobre a soma de janeiro a maio de 2021 quando eram 1,35 milhão.
Para alcançar 8,62 milhões de participantes, os consórcios contaram com 80,7% para o setor de veículos automotores, 14,5% para os de imóveis, 2,5% nos de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,3% nos de serviços.
Os negócios correspondentes às vendas de novas cotas contabilizaram R$ 96,13 bilhões, nos cinco meses, 15,6% maior que os R$ 83,19 bilhões, alcançados no mesmo período de 2021.
O tíquete médio de maio continuou a tendência das altas observadas nos demais indicadores setoriais, evoluindo 7,2%, ao sair de R$ 62,09 mil, daquele mês no ano passado, para os presentes R$ 66,53 mil.
No recorde obtido em participantes ativos, o consórcio registrou aumento de 77,5% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 32,6% nos veículos pesados; 15,4% nos imóveis; 3,7% nas motocicletas; e 3,2% nos veículos leves. Houve retração de 1,9% em serviços.
No acumulado de consorciados contemplados no período, houve avanço de 12,0%, ao saltar de 553,23 mil, em 2021, para 619,88 mil, neste ano. Os correspondentes créditos liberados relativos às contemplações, ainda nos mesmos cinco meses, apresentaram progresso ao efetivarem R$ 28,19 bilhões, 11,2% superior aos R$ 25,35 bilhões anteriores.
“Ao chegar a maio, constatamos com satisfação as marcas de 1,50 milhão de vendas de novas cotas e o novo recorde batido com 8,62 milhões de consorciados ativos. O crescente aumento, projetado com conservadorismo, sinalizou que o Sistema de Consórcios mais que surpreende, ao demonstrar o quanto os consumidores estão atentos às suas finanças pessoais”, esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Aliás, mais que a surpresa pela conquista, está a diversificação nas adesões verificadas nos vários setores onde o consórcio está presente, ratificando um comportamento financeiro planejado, maduro e consciente, a partir da essência da educação financeira”, conclui.
Ao comparar as potenciais participações dos acumulados de contemplações, de janeiro a maio, com as vendas realizadas nos mercados internos, notou-se que, no automotivo, houve comercialização de quase um a cada dois automóveis via consórcio. Também em ritmo de alta, verificou-se que as vendas, no setor das duas rodas, obtiveram potencial influência com mais de uma a cada duas motos originadas por créditos concedidos a consorciados contemplados.
No segmento de veículos pesados, o consórcio registrou sua importância ao proporcionar, de forma econômica e planejada, a renovação ou ampliação de frotas de caminhões, máquinas agrícolas e implementos. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade. O agronegócio, fundamental para a economia, também pôde usufruir das vantagens do Sistema para a aquisição de equipamentos.
Passadas seis décadas, desde quando o Sistema de Consórcios foi implantado, a partir da inexistência de linhas de crédito para aquisição de veículos produzidos pela recém instalada indústria automobilística, “observa-se um gradativo e consolidado desenvolvimento das diversas atividades econômicas brasileiras, com o consórcio contribuindo, direta e indiretamente, para os elos da cadeia produtiva nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços”, arremata Rossi.
Os resultados do Sistema de Consórcios, nestes cinco meses, voltaram a comprovar que, apesar das oscilações vividas pela economia brasileira como a inflação mensal, reajustes constantes em vários segmentos como em postos de gasolina e supermercados, bem como a influência de um ano eleitoral, preparativos para a copa do mundo e dificuldades globalizadas causadas pela guerra no leste europeu, “a modalidade vem avançando a passos largos como melhor forma de adquirir bens ou contratar serviços, para planejar o futuro”, adiciona o presidente executivo da ABAC.
Os indicadores, nos cinco primeiros meses, legitimam a importância do mecanismo na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, constatou-se que o segmento marcou 40,7% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 53,9% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 34,7%.
No acumulado dos cinco primeiros meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 13,3% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.
Nas vendas de novas cotas nos meses de janeiro a maio, 1,50 milhão de adesões, a distribuição setorial ficou assim dividida: 592,90 mil de veículos leves; 480,48 mil de motocicletas; 236,10 mil de imóveis; 95,58 mil de veículos pesados, 73,95 mil de eletroeletrônicos; e 24,26 mil de serviços.
Na somatória das vendas de novas cotas comercializadas nos cinco meses de cada ano, de 2013 a 2022, pode-se notar que a deste ano foi a mais alta da década.
O acumulado de 619,88 mil consorciados contemplados deste ano foi, a exemplo das adesões, o maior dos últimos dez, registrando a potencial contribuição da modalidade à economia brasileira.
No acumulado de consorciados contemplados no período – 619,88 mil -, estão inclusas 275,73 mil cotas de motocicletas; 242,60 mil de veículos leves; 38,92 mil de imóveis; 24,12 mil de veículos pesados; 19,50 mil de eletroeletrônicos e 19,01 mil de serviços.