Corpo do artista plástico Tatti Moreno é sepultado em Salvador

Octavio de Castro Moreno Filho morreu aos aos 77 anos, em decorrência de um câncer no fígado, descoberto no último ano.

O corpo do artista plástico Tatti Moreno foi sepultado em Salvador, no final da manhã desta quarta-feira (13), no Cemitério Jardim da Saudade. Octavio de Castro Moreno Filho morreu aos 77 anos, em decorrência de um câncer no fígado descoberto no último ano.

O velório de Tatti foi silencioso, mas cercado do afeto dos familiares e amigos. Os filhos do escultor e a viúva acompanharam a cerimônia, além de outros artistas plásticos. Segundo a família de Tatti, depois da descoberta do câncer, ele chegou a ser internado três vezes.

Na última internação, o próprio artista pediu à família para ficar em casa até o momento de partir. Tatti morreu em sua residência, na capital baiana.

Autor das esculturas de orixás flutuantes do Dique do Tororó, em Salvador, Tatti, que é soteropolitano, também é responsável por diversas obras ao redor do país, como as que estão no Lago Paranoá, em Brasília, e nos jardins da estação Tucuruvi, em São Paulo.

Tatti Moreno esculpiu monumentos dos orixás do Dique do Tororó, em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Tatti Moreno esculpiu monumentos dos orixás do Dique do Tororó, em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Em Salvador, uma obra conhecida do artista é a que homenageia o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, uma escultura em bronze na Praça de Santana, no bairro do Rio Vermelho, onde os escritores moravam. A obra celebrou o centenário de Jorge Amado e foi feita em tamanho real.

Nascido em 1945, Tatti começou a esculpir aos 12 anos ao produzir bonecos de arame, cola e sucata. Ele estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e teve entre os mestres, o também artista Mário Cravo Júnior. A partir de então, passou a fazer composições em latão, aço inoxidável e alumínio.

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