Creche em Salvador tem aulas suspensas e pais denunciam 10 furtos em duas semanas: ‘E se uma criança for feita refém?’

Alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Yeda Barradas, na Avenida ACM, em Salvador, estão sem aulas após ações criminosas na unidade. Os pais das crianças fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (22), pedindo segurança na creche. Eles dizem que o local teve cerca de 10 arrombamentos nas últimas duas semanas e que desde então as atividades estão suspensas.

O último caso, segundo o grupo, ocorreu na madrugada de terça-feira (21). Suspeitos invadiram o local furtaram cabos de energia, materiais de higiene e até alimentos que estavam na dispensa e que seriam usados para preparar refeição das crianças.

A unidade atende cerca de 160 alunos, com idades entre dois e cinco anos. Juliana Silva, mãe de uma menina matriculada no CMEI, disse que caixas de som e aparelhos de TV já foram furtados e destaca que as ações criminosas estão tirando o direito das crianças estudarem com tranquilidade e segurança.

Outra mulher foi além na reclamação e disse ter medo de deixar a filha na creche. Ana Paula, é mãe de Clara Beatriz, de quatro anos, e teme pela segurança da menina.

“A gente não pode trabalhar, não tem segurança para deixar nossos filhos. Se profissional que trabalha aqui não está se sentindo seguro, como a gente vai sair para trabalhar e deixar nossos filhos aqui?

“Se entrar e pegar uma criança dessa de refém, vai fazer como? Vai esperar matar a criança?”, questionou, cobrando solução para o problema.

Valdimira Pereira, que trabalha CMEI há três décadas, disse ter ficado emocionalmente abalada com os casos recentes de arrombamentos e furtos. Segundo ela, os suspeitos cometem os crimes à luz do dia.

“Eu vou fazer 30 anos que trabalho aqui e ontem tive uma crise de choro, de nervoso. Está um caos! Eles[os bandidos] estão entrando de dia, na cara dura”, disse.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui