Segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia resultado é o melhor desde 2012.
No último balanço de janeiro, as exportações baianas atingiram um valor recorde que não acontecia desde 2012. É que o setor representou uma alta de 18,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo com a alta, a balança comercial do estado teve déficit de US$ 787,7 milhões, devido ao incremento significativo das importações, que permanecem em alta, chegando a US$ 1,5 bilhão em janeiro. O levantamento foi feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.
A compras externas seguem, assim como nos últimos meses de 2021, com maior concentração em itens de energia, fertilizantes e medicamentos. O Gás Natural teve um aumento de 15.492% no mês, enquanto os combustíveis tiveram alta de 256,5% o que corresponde a 75,2% das importações baianas em janeiro.
Esses fatores refletem na manutenção do ritmo das importações, que cresce acima da demanda, ainda que a tendência dos desembarques seja de arrefecimento, dada a expectativa de baixo crescimento em 2022.
Nas exportações, o principal destaque foi a alta expressiva dos embarques de soja e derivados (235%), cuja safra teve colheita mais tardia no ano passado. Como resultado, as exportações agropecuárias totais aumentaram 62,5% no mês.
Já as exportações da indústria extrativa recuaram 58,5%, abaladas por reduções das vendas de magnesita e metais preciosas. Já a indústria de transformação acusou crescimento de 21%, sempre comparando-se ao mesmo mês de 2021.
Apesar de continuar a liderar como destino, s exportações para a China em janeiro tiveram redução de 24,1%, com perda de fôlego nos embarques de celulose, algodão, minerais e carnes de animais das espécies cavalar, em cumprimento a decisão da Justiça Federal, de suspender o abate de jumentos no Brasil para exportação à China.
Nenhum dos resultados de janeiro, devem ser considerados como tendência. O ano de, 2022 terá exportações ainda beneficiadas por preços de commodities relativamente altos, mesmo com acomodações, e por importações impactadas por demanda doméstica baixa, ainda que pressionada por inflação global e demanda por itens do grupo da energia.
A explosão nas importações deve esfriar ao longo do primeiro semestre, tanto pelo lado da demanda doméstica, já que a disseminação da ômicron é fator de preocupação como também pelo aperto monetário em curso e o panorama de incertezas, diante dos riscos fiscais e políticos, que devem se materializar em baixo dinamismo econômico, e que deve restringir as importações.