Já que falamos sobre pessoas que estão em luto, é indispensável também que saibamos como ajudar os enlutados.
É fundamental saber que cada pessoa enfrentará o luto de uma determinada maneira. O sofrimento é parte do processo. Não tente pedir para quem sofre controlar isso sem qualquer expressão de dor. Cada um segue um ritmo e dá a sua própria expressão.
Deixe a pessoa livre para falar ou silenciar. Ah! Chorar é permitido, viu? Dizer: “Não chore!” é uma verdadeira falta de sensibilidade e compaixão. Seja sinônimo de apoio e de acolhimento, não de julgamento. Respeite o que o outro estiver sentido.
Nessas horas, estar ao lado; abraçar; olhar nos olhos e dizer que se importa são manifestações válidas de carinho. Colaborar concretamente fazendo tarefas domésticas para o enlutado é também uma forma de cooperar nessa etapa rumo a superação, sabia? Limpe o que puder na casa; cuide dos seres que forem mais dependentes (crianças, adolescentes, animas e etc.). Esteja disponível até para uma simples ida ao supermercado. A certeza de saber que poderá contar com você já valerá um mundo!
Entretanto, jamais esqueça que caso o luto gere sentimentos repletos de intensidade e coloquem a vida do enlutado em risco, seja com abuso de drogas ou tentativa de suicídio, procure ajuda de um profissional imediatamente.
Contribua com o seu melhor, com paciência e cuidados, nesse desafio que a pessoa enfrenta. Algumas dores não são anestesiadas do dia para a noite. Portanto, esteja delicadamente presente para que aquele que vivencia o mau momento possa redescobrir seu próprio caminho.
Psicólogo
Daniel Portela
CRP-20/06476
Excelente texto!