Dupla improvável, Marco Antônio e Alan Santos se firmam na zaga rubro-negra
O Vitória ainda não figura entre os protagonistas da Série C do Brasileiro, mas tem uma das melhores defesas do campeonato. Com 11 gols sofridos, é o terceiro no ranking e perde no quesito apenas para dois integrantes do G8: Botafogo-PB e ABC, que levaram 10 tentos cada. Em franca reabilitação na divisão de acesso, o Leão tem se mostrado forte dentro de sua própria área na reta final da fase classificatória. O rubro-negro só sofreu um gol desde que João Burse assumiu o time.
Foram quatro jogos com o técnico no comando e a zaga só foi vazada no triunfo por 2×1 contra o São José-RS, no estádio Passo d’Areia, em Porto Alegre. Contra o Altos-PI, empate sem gols no Lindolfo Monteiro, em Teresina. Figueirense e Paysandu não conseguiram furar o bloqueio do Leão nas vitórias por 2×0 e 1×0, respectivamente, ambas no Barradão.
Nas quatro partidas, a dupla de zaga foi formada por Marco Antônio e Alan Santos. Os dois foram revelados na Toca do Leão. A diferença é que o primeiro tem 21 anos, se profissionalizou na temporada passada, e vive a experiência inédita de se firmar no time principal. Volante de origem, Alan Santos tem 10 anos a mais. Aos 31, após defender outras camisas, ele retornou ao clube que o revelou e ganhou espaço improvisado na zaga. Deu segurança ao setor e ostenta a braçadeira de capitão.
A mescla de juventude e experiência compõe uma dupla de zaga que era improvável no começo da temporada. Alan, por ser volante de origem, foi contratado para reforçar o meio-campo e jogou no setor nos primeiros meses do ano, apesar de ter figurado mais no banco de reservas. Ele defendeu o Vitória em 16 jogos, 10 deles como titular.
Cria das categorias de base, Marco Antônio mostrou personalidade para barrar zagueiros mais experientes, a exemplo de Ewerton Páscoa, hoje reserva. Fez apenas dois jogos com o primeiro técnico a comandar o time na temporada, Dado Cavalcanti, e não entrou em campo com o segundo, Geninho, mas ganhou espaço com a chegada do já demitido Fabiano Soares e se manteve no time após a João Burse assumir. Ao todo, o prata da casa fez 14 jogos esse ano, 13 como titular, e marcou um gol, o do triunfo por 1×0 contra o Manaus, na 4ª rodada da Série C.
Com a zaga fortalecida, o Vitória busca a classificação para a próxima fase da Série C, quando os times brigarão pelo acesso. Só os oito primeiros colocado avançam, por isso, o Leão precisa entrar no G8. O rubro-negro está em 10º lugar, com 21 pontos, a apenas um do grupo seleto. A Aparecidense, dona da 8ª posição, tem 22 pontos.
A zaga do Vitória terá a chance de melhorar a própria estatística no domingo (24). A ideia é fechar as traves rubro-negras outra vez no jogo das 16h, contra o Ferroviário, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Para a partida, o técnico João Burse não terá desfalques. Em transição após se recuperar de contusão, o centroavante Rodrigão segue fora.