Dez ministros e seis governadores deixam os postos para concorrer nas eleições deste ano

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Prazo final para a chamada ‘desincompatibilização’ termina neste sábado. Pela lei, ministros, governadores, prefeitos e secretários de governo precisam se afastar a seis meses da eleição.

Termina neste sábado (2) o prazo para que ministros, governadores, prefeitos e secretários de governo que desejam disputar novos cargos nas eleições de 2022 deixem as atuais funções. Pela legislação, eles precisam se afastar das funções a seis meses da eleição.

O afastamento dos ocupantes de cargos públicos é uma forma de evitar abuso de poder econômico ou político nas eleições. Mas políticos que ocupam cadeiras no Legislativo, como deputados federais e estaduais, não precisam abrir mão do mandato para concorrer a um novo mandato.

Além da chamada “desincompatibilização”, o calendário eleitoral também estabelece que todos os eventuais candidatos devem estar filiados ao partido político pelo qual pretendem concorrer até este sábado.

Ministros

Até esta quinta-feira (31), dez ministros tinham deixado os postos:

  • Walter Braga Netto (Defesa), cotado para candidato a vice-presidente pelo PL na chapa de Jair Bolsonaro;
  • Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), filiada ao Republicanos e que ainda não anunciou qual mandato disputará;
  • Flávia Arruda (Secretaria de Governo), pré-candidata a senadora pelo PL no Distrito Federal;
  • Gilson Machado (Turismo), pré-candidato a senador pelo PL em Pernambuco;
  • João Roma (Cidadania), pré-candidato a governador da Bahia pelo PL;
  • Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), pré-candidato a deputado federal pelo PL por São Paulo;
  • Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PL;
  • Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), pré-candidato a senador pelo PL no Rio Grande do Norte;
  • Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), pré-candidato a governador de São Paulo pelo PL;
  • Tereza Cristina (Agricultura), pré-candidata a senadora pelo PP no Mato Grosso do Sul.

Dos ministros que deixaram os cargos, somente um foi mantido no governo. Cotado para compor a chapa do presidente Jair Bolsonaro à reeleição como candidato a vice-presidente, o general Walter Braga Netto foi nomeado assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro.

Nesse cargo, Braga Netto não precisará cumprir o prazo de afastamento a seis meses da eleição. Segundo a legislação eleitoral, ele deverá deixar a função a três meses das eleições, até 2 de julho.

Governadores

Entre os governadores, quatro renunciaram ao mandato nesta quinta-feira (31) para disputar a eleição:

Dois governadores têm previsão de renunciar neste sábado (2):

Secretários do governo federal

O prazo para que secretários de governo que pretendam se candidatar nas eleições de 2022 também termina neste sábado (2).

Filiados ao PL, o ex-secretário especial de Cultura Mario Frias e o ex-secretário nacional de Aquicultura e Pesca Jorge Seif devem se lançar a vagas no Legislativo.

Frias deve se candidatar a deputado federal por São Paulo.

Seif, inicialmente, também planejava concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados por Santa Catarina. Mas, com a desistência do empresário Luciano Hang, pode se lançar ao Senado.

O próprio presidente Jair Bolsonaro indicou a possibilidade em conversa com apoiadores no último dia 30: “O Luciano Hang desistiu, né? Nós vamos ter um candidato lá. Conhece o Jorge Seif?”

Além deles, também deixou o governo Mayra Pinheiro, a chamada “Capitã Cloroquina”. Ela ocupava a Subsecretaria da Perícia Médica Federal da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência. Agora filiada ao PL, planeja se lançar candidata a deputada federal pelo Ceará.

O prazo também se estende a presidentes de entidades ligadas ao governo federal e de chefes de órgãos de assessoramento de informações da Presidência.

Sérgio Camargo, que deixou a presidência da Fundação Palmares, e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foram exonerados na quinta.

Os dois estão filiados ao PL e devem concorrer a vagas na Câmara dos Deputados — Camargo por São Paulo e Ramagem pelo Rio de Janeiro.

Prefeitos de capitais

Três prefeitos de capitais deixaram as funções de olho nas eleições de outubro.

Alexandre Kalil (PSD) foi o primeiro. Ele se despediu da prefeitura de Belo Horizonte no último dia 25. Deve disputar o governo de Minas Gerais.

Gean Loureiro (União Brasil) deixou a prefeitura de Florianópolis na quinta (31) para concorrer ao governo de Santa Catarina.

Marquinhos Trad (PSD) tinha previsão de renunciar à Prefeitura de Campo Grande neste sábado. Ele vai disputar o governo do Mato Grosso do Sul.

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