Investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão tentando traçar o caminho dos dois jovens encontrados mortos após saírem da sede do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc), no domingo (19), em Salvador.
A dupla tinha passagens policiais pela prática de crimes contra o patrimônio ali na região da Preguiça e também no Centro da cidade, segundo a delegada Andréa Ribeiro, diretora do DHPP. Não havia mandado de prisão em aberto contra eles.
Familiares dos rapazes de 22 e 24 anos acusam a polícia de matá-los após uma abordagem na qual um deles teria sido apontado por um cobrador como ladrão de ônibus. Os dois eram moradores da Barroquinha e estariam a caminho da praia na região da Ladeira da Preguiça quando foram parados pelos policiais.
Após serem levados para o Gerrc e, posteriormente, liberados, os dois jovens desapareceram. Os corpos deles só foram encontrados na segunda-feira (20), pela manhã, na BR-324, com marcas de tiros.
A delegada Andréa Ribeiro disse que investigadores foram até o bairro de Granjas Rurais Presidente Vargas, onde os cadáveres foram localizados, e fizeram diligências. Ela adiantou que as informações apresentadas pelas famílias das vítimas e pelo cobrador serão confrontadas.
“Precisamos saber o que houve da saída do Gerrc até as Granjas Rurais para que possamos traçar o caminho feito assim que eles foram liberados pela autoridade policial, para saber por onde transitaram […] As investigações estão em curso para descobrir a autoria e a motivação. Os laudos periciais irão ajudar nesse trabalho e os responsáveis serão presos”, destacou a delegada.
Ela explicou que, por conta do sepultamento dos jovens, as famílias pediram alguns dias até conseguirem ser ouvidas. Nesta terça-feira (21), amigos e familiares dos jovens realizaram um novo protesto, pedindo justiça.