Educador orienta pais e professores na alfabetização no pós-pandemia

Uma pesquisa desenvolvida pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) revelou que o abalo emocional sofrido pelas crianças brasileiras com a pandemia de Covid-19 pode levar uma década para atingir a plena recuperação.

Paralelamente, o estudo “Perda de aprendizado no Brasil durante a pandemia de Covid-19 e o avanço da desigualdade educacional”, realizado a pedido da Fundação Lemann e dirigido por André Portela, economista e professor de Políticas Públicas da FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), demonstrou que a educação pode retroceder quatro anos devido à crise sanitária.

De acordo com o levantamento, o ensino fundamental pode ter retrocedido ao nível de aprendizagem inferior ao alcançado em 2015, quando os estudantes conquistaram 252 pontos no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Passados quatro anos, a média subiu para 260, de acordo com a última avaliação. 

Thiago D’Amato Higa, educador e criador dos materiais do blog Mestre do Saber, destaca que a pandemia afetou a rotina de crianças, famílias e escolas.

“As crianças em fase de alfabetização ainda sentem isso [impacto da pandemia] por conta desses dois últimos anos. Teve criança que não frequentou a pré-escola (educação infantil), enquanto outras não frequentaram o 1º ano e 2º ano (ensino fundamental I), fases importantes para concretização da alfabetização”, afirma.  

Diante deste contexto, prossegue Higa, uma série de atividades podem ser utilizadas para reforçar a alfabetização dos pequenos, tanto na escola quanto no ambiente doméstico. A título de exemplo, ele cita que o blog “Mestre do Saber – Atividades de Alfabetização” busca trabalhar a consciência fonológica em suas atividades.

“No Mestre do Saber, acreditamos que, com as atividades, apostila de alfabetização e materiais de alfabetização infantil, esse processo de iniciar, melhorar ou reforçar a alfabetização é otimizado. Pais e professores podem fazer uso das atividades. Os educadores podem inserir essas atividades dentro do planejamento e os pais podem utilizar como um complemento, já que muitos buscam por materiais para alfabetizar em casa”, explica. 

Na visão de Higa, pais e professores precisam estar cientes que a alfabetização é um processo, motivo pelo qual nem sempre acontece no mesmo tempo para todos e diferentes estratégias podem ser necessárias. “Esses dois anos de crise sanitária afetaram o processo de alfabetização e a educação como um todo, e trabalhar com tranquilidade e não pressionar a criança vai ajudar no dia a dia”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://www.mestredosaber.com.br/