Esquema de diplomas falsos de medicina são revelados pela Polícia Federal; Uneb está no centro das fraudes 

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Foto: Divulgação

Uma quadrilha que falsificava diplomas e vendia para falsos médicos foi descoberta pela Polícia Federal. Foram descobertos pelo menos 65 registros obtidos junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) com documentos fraudados. A maioria deles foi emitido a partir de diplomas falsificados da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).  

O esquema foi mostrado em uma matéria do Fantástico, da TV Globo, do último domingo (2). Ao programa, a Uneb confirmou, em nota, que “todos os documentos recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados pela universidade e são ilegítimos”. 

De acordo com a reportagem, os falsos médicos chegavam a pagar até R$ 400 mil e recebiam em casa toda a documentação fraudulenta, com diploma e até monografia, em uma pasta com a identidade visual da universidade. Segundo a PF, para a produção do material, os criminosos utilizavam papel de qualidade e conseguiam reproduzir o logotipo das instituições. 

A investigação apontou ainda que, com documentos falsos em mãos, os suspeitos conseguiam empregos principalmente em prefeituras. Como o envio das documentações para os conselhos regionais é feito pelas universidades, os falsos médicos criavam e-mails se passando pelas instituições de ensino.  

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Francisco Guarani, a quadrilha tinha uma espécie de estrutura empresarial para a venda de diplomas e históricos escolares falsos. A PF chegou a cumprir no mês passado quatro mandados de prisão contra Valdelírio Barroso Lima, Reinaldo Santos Ramos e Francisco Gomes Inocêncio Junior e Ana Maria Monteiro Neta, que é apontada como chefe da quadrilha e considerada foragida. Todos os outros foram presos. 

Ainda segundo o Cremerj, as fraudes foram descobertas após uma funcionária desconfiar de documentos e fazer uma denúncia à PF. O conselho informou que fez modificações no processo de checagem e anulou todos os 65 registros obtidos com documentação falsa. Já o Conselho Federal de Medicina afirmou que vai criar novos protocolos para checar a documentação. 

Com informações do site Metro1 

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