Trezentos e vinte e seis foragidos da Justiça alcançados pelo Reconhecimento Facial e a diminuição de 4,5% das mortes violentas foram alguns dos números apresentados pela Secretaria da Segurança Pública na manhã desta quarta-feira (19), durante a coletiva de balanço do primeiro semestre de 2023.
Participaram da apresentação o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner; o subsecretário da SSP, Marcel de Oliveira; o comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho; a delegada-geral adjunta, Elaine Nogueira, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini; e a diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica, perita criminal Ana Cecília Bandeira.
Cerca de 80% dos capturados respondem aos crimes de homicídio, tráfico de drogas, roubo e estupro. As prisões aconteceram em Salvador e também em outras 30 cidades da RMS e do interior. “Estamos investindo 650 milhões de reais e levando o Reconhecimento Facial para 80 municípios da Bahia. Esse avanço pode ser percebido no mapa das prisões. A Bahia foi o primeiro estado, no Brasil, a utilizar a tecnologia e atualmente é uma referência de êxito”, destacou o secretário Werner.
Com 326 criminosos que possuíam mandados de prisões capturados, o Reconhecimento Facial da SSP, no primeiro semestre, alcançou marca de 900 foragidos da Justiça localizados desde a sua implantação. São duas prisões por dia, em 2023, com auxílio da ferramenta.
Conforme o superintendente de tecnologia da SSP, o coronel Marcos Oliveira, os investimentos do Governo do Estado em tecnologia colaboraram para a consolidação de índices positivos. “A tecnologia tem contribuído muito para uma atuação mais precisa das forças de Segurança Pública, levando mais informação para o policial para que ele atue não somente na sua intuição, mas sim dados reais, e para que ele possa fazer análise e atuar de forma mais assertiva”, detalhou.
Redução de 4,5% das mortes violentas
No primeiro semestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, as mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte) apresentaram redução de 4,5% na Bahia. Em números absolutos foram contabilizados 2.523 casos este ano, contra 2.643 no mesmo período de 2022.
Também foi registrada uma redução de 14,9% no índice de feminicídios – crimes praticados contra a mulher em razão do gênero –, que saiu de 47 em 2022, para 40 no primeiro semestre deste ano.
Para a delegada-geral adjunta, Elaine Nogueira, a diminuição das mortes violentas de mulheres na Bahia é o resultado de ações integradas realizadas pela pasta da Segurança ao longo do ano. “A gente teve a redução do crime de feminicídio nesse primeiro semestre e continuamos nesse caminho quando criamos o Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPM). Temos a missão de evitar que a mulher chegue nesse final trágico do ciclo de violência doméstica. Neste sentido, vamos incrementar as nossas atividades nas unidades especializadas de atendimento à mulher e nos núcleos especializados funcionam nas cidades do interior não temos Deam [Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher]”, disse.
O comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, destacou que além dos investimentos em recursos materiais, a SSP também vem investindo na melhoria das condições de trabalho e da remodelação dos comandos. “Tivemos uma grande reestruturação orgânica, principalmente com a criação de comandos regionais no interior e na capital, inclusive com a criação de novas unidades. Isso deu a maior musculatura e também uma capilaridade de ação em diversos processos de policiamento”.
Com informações do site Bahia.ba