Ex-funcionários do Hospital Espanhol, em Salvador, protestaram na manhã desta sexta-feira (21), para cobrar dívidas trabalhistas oito anos após fechamento da unidade. Atualmente, o prédio é ocupado pelo Governo da Bahia, e funcionou como base de campanha para tratamento da Covid-19.
Os trabalhadores alegam que a dívida trabalhista é de R$ 500 milhões, mas a Real Sociedade Espanhola de Beneficência afirma que o montante é de R$ 170 milhões. Ao todo, 2.400 trabalhadores foram dispensados em setembro de 2014, quando o hospital foi fechado.
Um dos ex-funcionários da unidade, o técnico de enfermagem Ademir Silva, explicou que a dívida é de rescisões de contrato, que não foram pagas aos trabalhadores.
“Estamos esperando há oito anos o pagamento das nossas rescisões trabalhistas. As pessoas estão lutando para receber suas causas e o hospital não paga. Hoje, o imóvel está ocupado pelo Governo da Bahia, porque na pandemia funcionou como hospital de campanha. Mas essa campanha já acabou e o governo segue com o imóvel”, disse Ademir.
O advogado da Real Sociedade Espanhola de Beneficência, que tem nome fantasia de Hospital Espanhol, explicou ao g1 que o processo para pagamento das dívidas trabalhistas está tramitando na Justiça e confirmou que a ocupação do hospital, pelo Governo da Bahia, está atrasando o processo.
Com informações do site G1 Bahia