Guto critica Eduardo Freeland por demissão no Bahia: ‘Criou situações’

Para ex-treinador, dirigente sempre quis contratar Enderson para o tricolor

A demissão do comando do Bahia parece ainda não ter sido bem digerida pelo técnico Guto Ferreira. Durante entrevista ao podcast Flow Sport Clube, Guto criticou a forma como foi desligado do tricolor. De acordo com ele, o diretor de futebol Eduardo Freeland “criou situações” para substituí-lo por Enderson Moreira, com quem o dirigente já havia trabalhado no Botafogo na temporada passada.  

“No último [clube] agora a pessoa [Eduardo Freeland] chegou querendo trabalhar com um cara que ele já estava acostumado a trabalhar. Então, ele foi criando situações até que achou o momento”, iniciou Guto. 

Gordiola, como é carinhosamente chamado pelos torcedores, citou o seu aproveitamento no comando do Bahia e comparou o rendimento com o trabalho desenvolvido por Enderson Moreira até o momento. Guto deixou o tricolor após três derrotas seguidas em casa pelo Brasileirão e Copa do Brasil. Na ocasião, o Esquadrão estava na terceira colocação da Série B, com 25 pontos.  

“Mas eu saí com 59,5% de aproveitamento na competição, em 14 jogos. Atualmente, é um grande treinador, com grandes resultados na divisão e até na Série A, mas o aproveitamento dele [Enderson] nesse momento é de 50% em seis partidas”, completou.

Enderson Moreira assumiu o Bahia em junho, na 15ª rodada do Brasileirão. Sob o comando dele, o Esquadrão venceu duas partidas, empatou três e perdeu uma na Série B. O Bahia atualmente é o quarto colocado, com 34 pontos.

Durante a apresentação de Enderson, Eduardo Freeland explicou que a demissão de Guto Ferreira se deu por conta do rendimento do Bahia na Série B e o desgaste acumulado ao longo da temporada. No primeiro trimestre, o tricolor foi eliminado nas primeiras fases da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano.  

“Nossa opção envolve a questão de performance versus resultado. Futebol não é só resultado, e não é só performance, temos que ter o equilíbrio. O trabalho é feito em prol do resultado, mas temos que analisar a perspectiva sobre o trabalho que estava sendo feito”, iniciou Freeland.

“No nosso entendimento faria sentido [a troca no comando técnico], não só pelos insucessos recentes que a equipe teve, mas pela sequência do ano desgastante que a gente vinha tendo. Entendemos que a performance não estava correspondendo ao que a gente entende ser possível. Por isso fizemos a mudança”, completou.

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