Na manhã desta quinta-feira (25), parte do prédio que abrigou o restaurante Colon, localizado no bairro do Comércio, em Salvador, por 107 anos, desabou um dia após ser interditado pela Defesa Civil de Salvador (Codesal). Comércio tradicional na capital baiana, o restaurante foi citado no livro “O Sumiço da Santa”, obra do escritor baiano Jorge Amado.
Por conta do risco de desabamento, parte da Praça Conde dos Arcos, situada na Rua da Holanda, também foi isolada na quarta-feira. Enquanto o acesso ao local está interditado, a opção de tráfego, conforme a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), é seguir pela contramão, na Rua Alvares Cabral.
Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), por falta de manutenção, o prédio foi evacuado, em vistoria realizada no dia 28 de setembro de 2020, e o responsável pelo estabelecimento, aberto na época, foi notificado a suspender as atividades comerciais e evacuar imediatamente o imóvel.
A interdição aconteceria até que o risco fosse sanado com a realização de serviços de recuperação e reforço estrutural das partes instáveis do imóvel, principalmente nos três últimos pavimentos superiores, sob a supervisão de um profissional habilitado junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
De acordo com a Codesal, a solicitação de inspeção predial foi encaminhada, então, à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) para a interdição do restaurante e imóvel. Na época, o prédio apresentou desprendimento de reboco da fachada lateral.
Depois da interdição, os donos do restaurante decidiram reabrir o estabelecimento em outro imóvel, localizado na Rua Conselheiro Saraiva, no mesmo bairro da capital baiana.
A secretaria informou ainda que, na quarta-feira (24), a Codesal realizou uma nova vistoria no local, fechado há cerca de três anos, interditando, por precaução, a área do entorno com a ajuda da Transalvador.
A Codesal ressaltou que até então, não houve necessidade de interditar os imóveis próximos. Antes do prédio desabar, equipes da secretaria retornaram nesta quinta-feira (25), ao local com técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para nova avaliação.