Conforme dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados na sexta-feira (19), a Bahia é o estado com o maior número de quilombolas no Brasil, com 397.502 pessoas, representando 3 em cada 10 quilombolas do país.
Além disso, em 2022, na Bahia, a proporção de pessoas quilombolas que moravam em domicílios com acesso inadequado aos três serviços de saneamento básico (abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação final de lixo) era o dobro da proporção verificada na população em geral. A taxa de analfabetismo entre quilombolas era 45,1% maior do que a taxa no total de moradores do estado.
População
As pessoas quilombolas são 2,8% de toda a população baiana. Dos baianos, 5,2% (20.771) moravam nos 48 territórios oficialmente delimitados em 2022, o 3º menor percentual entre os 24 estados com população quilombola em territórios. No Brasil como um todo, 12,6% da população quilombola viviam em territórios delimitados (167.769).
Saneamento
De acordo com a caracterização adotada pelo Plano Nacional de Saneamento (PLANSAB) para atendimento ou déficit no acesso domiciliar ao saneamento básico, o Censo de 2022 mostra que, na Bahia, 1 em cada 10 quilombolas (13,4% dessa população, ou 53.282 pessoas) vivia em domicílios com acesso inadequado aos três serviços básicos: abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação final do lixo.
Isso significa que moravam em residências onde não havia abastecimento de água canalizada por rede geral, poço, fonte, nascente ou mina; o esgoto tinha como destino fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar ou outra forma; e não havia coleta direta (porta a porta) nem indireta (por caçamba) do lixo.