O grupo político da governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão (PP), está articulando estratégia para abrir um processo de impeachment contra o governador Ibaneis Rocha (MDB). A proposta é manter Celina no comando do governo.
O governador foi afastado por 90 dias pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após o magistrado apontar omissão de Ibaneis nos atos extremistas de invasão às sedes dos três Poderes, em Brasília. A situação desencadeou uma articulação para o impeachment do governante por crime de irresponsabilidade.
Por meio de nota, Ibaneis Rocha afirmou que respeita a decisão do Supremo Tribunal Federal.
O impeachment depende da Câmara Legislativa do Distrito Federal e precisa ser despachado pelo presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), antes de ser submetido à tramitação em comissões e no plenário. Aliados de Celina apontam que os atos terroristas teriam enfraquecido o governador, que pode acabar perdendo aliados.
Apoiadores da governadora interina calculam que ela possui, atualmente, pelo menos seis votos para apoio a um pedido de impeachment contra Ibaneis na Casa, entre os 24 deputados. O cálculo não engloba a oposição, que age em outra frente para denunciar o governador.