Nos últimos seis anos, indústria da saúde gasta R$200 milhões em benefícios a médicos em Minas Gerais

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A indústria farmacêutica de Minas Gerais desembolsou nos últimos seis anos cerca de R$200 milhões para bancar viagens, palestras e jantares de médicos no Brasil. De acordo com apuração do site UOL, desde 2017 o estado obriga que as despesas sejam declaradas, mas que os dados não são fiscalizados. 

Conforme o UOL, mesmo com a prática não ser ilegal, pode gerar conflitos de interesse. Contratos e viagens ou outros benefícios podem ter um papel em influenciar o que um médico pode receitar a um paciente. Laboratórios como AstraZeneca, Pfizer e Janssen gastaram, cada um mais de R$ 2 milhões em jantares em restaurantes em Belo Horizonte.

Os dados revelam ainda que os médicos mais patrocinados são os palestrantes da área da saúde. O ortopedista Cristiano Menezes, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coluna recebeu cerca de R$2 milhões por palestras, além de R$ 700 mil em benefícios. 

Além desse outros números chamam a atenção. 70% do valor desembolsado pela indústria da saúde nos últimos seis anos foi destinado a apenas 3% dos profissionais do estado. Dez médicos foram beneficiados com mais de R$ 1 milhão e a Galderma é a empresa que mais oferece patrocínios, com R$ 14,9 milhões, seguida pela Janssen Cilag (R$13,7 milhões) e Safoni Aventis (R$10,9 milhões).

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