Após dias longe das redes sociais, Kelly Pereira apareceu ao lado de dois advogados
A influenciadora baiana Kelly Pereira usou as redes sociais na noite desta quinta-feira (26) pra falar das agressões sofridas por parte de seu ex-marido. Ao lado de dois advogados, Kelly revelou que foi vítima de violência física e abusos psicológicos durante seu relacionamento. Nos stories do Instagram, a jovem lembrou da agressão sofrida no Dia das Mães, em que ela fez uma transmissão ao vivo mostrando a discussão.
Kelly, que é do Rio Grande do Norte, morava em Salvador com o companheiro, com quem tem um filho de 1 ano.
“Eu vivi um relacionamento abusivo de três anos, onde eu acreditava que eu era culpada de tudo que eu vivia. Se eu era agredida, eu me sentia culpada [..] se eu era agredida verbalmente eu me sentia culpada e, acima de tudo, eu achava que tinha que esconder isso para poupar meu ex-companheiro de tudo que poderia acontecer com ele. Sem pensar em mim”, disse a influenciadora.
Segundo Kelly, no dia 8 de abril ela sofreu uma agressão e decidiu divulgar o que estava acontecendo dentro de sua casa. “Eu vi que não dava pra continuar mais escondendo e protegendo alguém que nem se protege e nem me protegeu. Nessa história toda ainda tem um filho”, acrescentou.
A influenciadora contou ainda que não tinha uma rede de apoio para pedir ajuda. “Todo mundo sabe que eu não tenho família aqui [em Salvador], que não sou uma pessoa de muitos amigos. Esse foi um dos motivos de tanto tempo eu segurar isso. Eu tinha medo do que as pessoas iam falar de mim. Eu tinha medo de ficar sozinha, eu só tinha ele. Foi muito complicado sair dessa situação. Quem viveu isso sabe que não é fácil”, concluiu.
Segundo o advogado Danilo Almeida, que representa a blogueira, as medidas jurídicas já foram encaminhadas aos órgãos competentes. “Nós juntamos todas as fotos, todos esses conteúdos junto à autoridade policial”, disse. Ainda de acordo com o criminalista, no episódio da agressão, que aconteceu no Dia das Mães, a delegada não registrou a situação como violência doméstica. “Ela entendeu que aquela situação não era para flagrante, ou seja, ela colocou a tipificação como vias de fato quando, na verdade, nós advogados de Kelly estamos tentando reverter essa situação. A lei Maria da Penha veio para proteger a mulher. As mulheres têm que denunciar, não podem se esconder e, por outro lado, o Estado tem que ter uma efetividade maior para punir as pessoas que cometem esse tipo de violência”.