A língua inglesa como idioma universal é visto, nos dias de hoje, como algo natural e absolutamente consolidado, mas nem sempre foi assim. Apesar de ter ganhado força com a expansão do Império Britânico, durante o século 19, o idioma de William Shakespeare era considerado, naquela época, menos relevante do que o francês, por exemplo. E foi somente após a Primeira Guerra Mundial, com a crescente influência dos Estados Unidos na economia global e nos hábitos culturais e de consumo dos países do Ocidente, que a língua inglesa se tornou, de fato, predominante.
No Brasil, o ensino de língua inglesa como disciplina obrigatória no currículo escolar teve início em 1809, por meio de um decreto assinado pelo Príncipe Regente de Portugal Dom João VI. Na ocasião, de olho na melhoria das relações comerciais de Portugal com Inglaterra e França, foram criadas escolas de idioma daqueles países europeus – até então, o grego e o latim eram as línguas estrangeiras ensinadas nos bancos escolares.
Ao longo de muitas décadas, as aulas de língua inglesa na escola ficavam restritas às noções iniciais das regras gramaticais, ao desenvolvimento da habilidade de resolver questões de múltipla escolha e à leitura de textos curtos. Nos dias atuais, porém, com o aprendizado do idioma tornando-se obrigatório a partir do Ensino Fundamental II, de acordo com as diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), o foco do ensino passou a ser a capacidade de uso do idioma por parte dos alunos. Assim, o processo de ensino-aprendizagem do idioma passou a ser construído por meio de práticas discursivas e cotidianas.
Apesar disso, de acordo com uma pesquisa realizada pela British Council e pelo Instituto de Pesquisa Data Popular, apenas 5% dos brasileiros falam inglês e somente 1% da população possui fluência na língua. Outro estudo da British Council, o Observatório para o Ensino da Língua Inglesa no Brasil, mostra como o ensino do idioma ainda é precarizado no Brasil: a maioria (55%) dos professores que dão aulas de inglês nas escolas públicas no Brasil não possui formação específica para lecionar essa disciplina. Além disso, 81% reclamam da falta ou da inadequação do material didático usado nas aulas.
Para Jonas Bressan, criador do método Beway e responsável pela escola homônima que oferece curso de inglês on-line, a didática de ensino do idioma evoluiu de forma exponencial nos últimos anos devido à crescente digitalização do sistema de ensino no país.
“As plataformas digitais têm a vantagem de serem altamente intuitivas. O aluno não precisa perder horas no trânsito ou procurar uma vaga para estacionar. E o mais importante: ele não precisa lidar com um professor que esteja em um dia ruim ou com colegas que não estejam com o intuito de aprender”, afirma o empresário.
A globalização e a cada vez maior conectividade à internet fazem com que, na opinião de Bressan, novos e mais intensos estímulos impactem estudantes em todo o mundo, alterando de forma radical o aprendizado do idioma inglês. “Antigamente, poucos eram os contatos que um estudante de inglês poderia ter com estrangeiros. Hoje, por meio de lives, games, séries de TV, há o contato direto com o idioma falado no dia a dia”, comenta.
O estímulo citado pelo executivo da Beway vai ao encontro da pesquisa realizada pela 7Waves, plataforma de organização de metas, que apontou que, em 2021, aprender inglês fez parte dos objetivos de 4 entre 10 (40%) brasileiros.
Para mais informações, basta acessar: http://www.bewayidiomas.com.br/#/