Israel acabou tomando uma medida mais drástica do que outros países para tentar conter a nova variante africana da Covid-19. Enquanto Brasil e outras nações suspenderam a chegada de turistas de determinados países africanos, o governo israelense decidiu fechar logo suas fronteiras com todos os países, independente do continente. O primeiro-ministro Naftali Bennett disse que a proibição duraria 14 dias a partir deste domingo (28).
Todo este tempo para que as autoridades possam saber mais sobre a nova variante e a eficácia das vacinas que foram aplicadas contra a Ômicron, variante nomeada pela Organização Mundial da Saúde. “Nossas hipóteses de trabalho são de que a variante já está em quase todos os países”, disse o ministro do Interior, Ayelet Shaked, ao Meet the Press. “E que a vacina é eficaz, embora ainda não saibamos até que ponto.”
O ministério da saúde disse que a nova cepa detectada pela primeira vez pela África do Sul – conhecida como B.1.1.529 – foi descoberta em uma pessoa que havia chegado do Malaui. Mais dois casos suspeitos foram detectados em pessoas que retornavam do exterior, disse, acrescentando que todos os três, que haviam sido vacinados, foram colocados em quarentena. O governo anunciou mais tarde outro caso suspeito.
“A entrada de estrangeiros em Israel está proibida, exceto em casos aprovados por um comitê especial”, disse o gabinete do primeiro-ministro em um comunicado, acrescentando que a medida entraria em vigor na noite deste domingo (28). A medida foi decidida por um comitê de gabinete encarregado de supervisionar a resposta contra a Covid-19 em Israel.
Com as restrições, que acontecem apenas quatro semanas depois do país reabrir suas fronteiras, cidadãos israelenses serão obrigados a apresentar um teste de PCR negativo e realizar quarentena por três dias se tiverem sido vacinados contra o coronavírus e sete dias se não foram vacinados.
