Italianos descobrem anticorpo que impede que câncer se espalhe

Dr. Francesco Pantana

Pesquisadores italianos descobriram um anticorpo que impede que o câncer se espalhe.

O resultado da pesquisa, publicado na revista científica Oncogene no mês passado, mostra que os cientistas chegaram a um anticorpo monoclonal chamado Volociximab. Ele bloqueou a metástase óssea após o tratamento do câncer de mama.

O estudo internacional foi conduzido pelo Dr. Francesco Pantano, na Unidade de Oncologia Médica do Hospital Universitário Campus Bio-Medico  da Universidade de Roma.

Alta eficácia

A alta taxa de eficácia da ação do anticorpo foi comprovada por meio de testes em laboratório.

As diferentes equipes de pesquisa identificaram, por meio de uma triagem realizada no genoma de pacientes com câncer de mama, a proteína alfa5.

Ela representa um dos fatores mais envolvidos na criação de metástases ósseas, que podem levar ao reaparecimento do câncer, anos após o fim do tratamento do câncer de mama.

Os pesquisadores descobriram que a proteína alfa5 pode ser bloqueada pelo anticorpo monoclonal Volociximab.

A descoberta do grupo internacional, liderado pela Universidade Campus Bio-Medico de Roma, abre caminho para uma nova perspectiva terapêutica que afeta um aspecto do processo de metástase nunca explorado até agora.

Francesco Pantano, da Unidade de Oncologia Médica do Hospital Universitário Campus Bio-Medico, falou da segurança do tratamento.

“A proteína alfa 5 é o ‘gancho’ com o qual a célula cancerosa se liga à fibronectina, que está altamente presente no microambiente ósseo. Ele é bloqueado pelo Volocixamab, que fica no caminho das duas moléculas e impede que o tumor se espalhe para o osso. O resultado é muito promissor também porque o medicamento a partir do anticorpo é seguro, já foi testado e não é tóxico ”.

Grupo Internacional

Os resultados foram alcançados graças ao trabalho de grupos de pesquisas da qual fazem parte os professores Giuseppe Tonini e Daniele Santini em colaboração com o prof. Philippe Clézardin do Inserm de Lyon e graças ao trabalho dos grupos de pesquisa do Institut Curie de Paris e da Universidade de Hamburgo.

“Nosso esforço é entender melhor os diferentes mecanismos biológicos para oferecer aos pacientes tratamentos cada vez mais direcionados”, disse o Dr. Francesco Pantano.

Fonte: só noticia boa

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