Polícia Federal investiga o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL) por tráfico de influência em relações com o governo federal
A Justiça negou o pedido da Polícia Federal (PF) de quebra de sigilo telemático de Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Renan é investigado por suspeita de tráfico de influência. O pedido visa a obtenção de dados, documentos e comunicações mantidas entre ele e outros suspeitos.
De acordo com o Metrópoles, o pedido da PF foi apresentado no fim do ano passado, sob segredo de Justiça. Caso autorizada, daria acesso a dados como e-mails, conversas registradas na nuvem e outros tipos de arquivos.
O inquérito conduzido pela PF investiga suspeitas de que Jair Renan recebeu doações de empresários em troca de facilitar relações no governo federal. As investigações começaram em setembro de 2020, quando Renan viajou para o Espírito Santo para se reunir com empresários interessados em fazer negócios com o governo federal. Dois meses depois, um dos empresários presentes no encontro, conseguiu uma agenda com o então ministro Rogério Marinho, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), com a presença de Renan.
O advogado Frederick Wassef, responsável pela defesa de Jair Renan, defendeu que não há indícios de irregularidades. “Eu acho até ótimo que a PF quebre todos os sigilos pois nada devemos. Jair Renan jamais praticou qualquer ato irregular, não ganhou carro de empresário, nem marcou reunião. Não agiu de forma direta ou indireta para ninguém junto ao governo federal” disse, em entrevista ao jornal O Globo.