Nesta segunda-feira (5), a jornalista que foi presa em flagrante por injúria racial, no sábado (3), teve a liberdade provisória concedida. O crime foi cometido durante o festejo de pré-carnaval, Fuzuê, no bairro da Barra, em Salvador.
Conforme a Polícia Civil, a mulher agrediu verbalmente uma policial militar. A suspeita se negou a ser abordada pela agente de segurança por se tratar de uma mulher negra.
de acordo com o que foi apurado pela corporação, a jornalista disse que “não veio do navio negreiro para ser revistada por uma negra” e acrescentou outros insultos contra a vítima. Em depoimento, a acusada negou a prática do crime, mas confirmou que fez uma “brincadeira” dizendo que não tinha chegado no navio negreiro.
A delegada Marialda Santos, responsável pela efetivação do flagrante, disse que a suspeita não demonstrou arrependimento. “Apesar de desconversar, ela manteve o discurso racista”, informou.
Confira as medidas cautelares determinadas pela juíza Marcela Moura França Pamponet:
- Compromisso de comparecer a todos os atos processuais e manter endereço atualizado;
- Comparecimento bimestral em Juízo, pelo período de um ano, podendo ser prorrogado, à Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP), no Fórum Criminal de Salvador;
- Proibição de frequentar festas de rua, de largo, bares e similares;
- Recolhimento domiciliar noturno, das 18h às 6h, inclusive finais de semana.
A Polícia Civil informou que irá disponibilizar serviços especializados para o atendimento às vítimas e demais públicos vulnerabilizados nos postos de Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (Servvir), instalados nos circuitos Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande).