A partir da última quinta-feira (3), boa parte das revendedoras apresentaram os valores reajustados por conta da alta feita pela refinaria de Mataripe (Acelen), em São Francisco do Conde.
O gás de cozinha, na Bahia, ficou mais caro nesta semana. A partir da última quinta-feira (3), boa parte das revendedoras apresentaram os valores reajustados por conta da alta feita pela refinaria de Mataripe (Acelen), que variam entre 9,1% e 9,4%.
Na prática, o preço médio do botijão de 13 kg ficaria entre R$ 105 e R$ 120, de acordo com o Sindigás. Mas, alguns locais ainda estão vendendo o item com o preço antigo. Pensando nisso, o jornal Correio, fez uma pesquisa e constatou que a depender da localidade a diferença de preço pode alcançar os R$ 30 reais. Confira abaixo a lista de valores pesquisados em 10 revendedoras.
- Cabula Gás, em Narandiba, é a que apresenta um valor mais em conta no botijão, sendo R$ 90 a vista e R$ 95 no cartão de crédito.
- O Bonfim Gás, localizado na Federação, também não reajustou o valor do botijão, que custa R$ 97 à vista e R$ 100 no crédito.
- Na Gama Gás, no Iapi, na quinta-feira (3) ainda era possível encontrar o produto por R$ 95 reais à vista, mas a expectativa é que na sexta-feira (4), o preço suba.
- Entre as revendedoras que repassaram o aumento para os consumidores na quinta-feira (3), a Nordeste Gás, em Amaralina, é a que vende mais barato, R$ 105 à vista e R$ 110 no cartão, com o reajuste de R$ 5.
- No bairro Uruguai, na El Shadai, é possível encontrar o produto por R$ 109 à vista.
- Em uma mesma distribuidora, o valor do produto pode variar cerca de R$ 3 conforme o bairro em que se peça o botijão. No caso da Ultragaz, antiga Brasilgás, o gás de cozinha no bairro São Caetano sai por R$ 112 à vista e R$ 117 no cartão, podendo ser dividido em três vezes. Na portaria, o valor é de R$ 99 ou R$ 105, dependendo da forma de pagamento.
- Na Ultragaz do Vale do Matatu, o produto sai por R$ 114 à vista, R$ 119 no crédito e R$ 100 na portaria.
- Já na mesma distribuidora, mas no Engenho Velho da Federação, o preço sai por R$ 115 e R$ 120, tanto o valor à vista como o do cartão sofreram o aumento de R$ 5.
- Na Ultragaz do Engenho Velho de Brotas, o preço é R$ 114 à vista. Segundo o gerente Ronaldo Gomes, o que explica os valores distintos nos bairros e a logística e o frete.
- Na Boca do Rio, o botijão vendido pela Ultragaz sai por R$ 117 em dinheiro ou débito, R$ 120 no crédito e R$ 106 na portaria.
Sobre o reajuste
Ainda segundo o jornal Correio, o valor do gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, costuma ser reajustado pela Petrobrás. Entretanto, o reajuste desta semana foi realizado pela Refinaria Mataripe, em São Francisco do Conde.
“Esse reajuste é algo inédito no mercado, porque só tínhamos a Petrobrás que interferia no valor do gás. Mas agora existe um novo agente, a refinaria, que reajustou o gás de maneira bem agressiva”, explicou Robério Santos, diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás no estado, ao Correio.
Em nota, a refinaria disse que a “formação de preços da Acelen leva em consideração a variação do preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do dólar e o frete (do petróleo até a refinaria). As fórmulas de cálculo de preços estão previstas em contrato, foram discutidas com os clientes e aprovadas e homologadas pela ANP.
A Acelen tem o compromisso de ser uma empresa competitiva”. A Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para o fundo árabe Mubadala Capital – controloador da Acelen – em novembro do ano passado, num negócio da ordem de R$ 10,1 bilhões.
Reajustes seguidos pesam no bolso
Somente no ano passado, 13 reajustes de preço do gás de cozinha foram realizados na Bahia. Uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada em janeiro, revelou que o aumento do botijão chegou a 35,16% no acumulado de 2021. A escalada de preços ficou bem acima da inflação, fechada em 11%.
Do total das adequações feitas, dez foram da Petrobrás, uma do Governo do Estado e duas das distribuidoras. A última mais significativa foi em novembro, com um aumento de 5,1%, deixando o botijão entre R$ 3 e R$ 5 mais caro.