Mãe acusa Rondesp de matar jovem que estava embriagado: ”Balearam as pernas e depois apareceu com tiros no peito”

Ação da Policia contra o Tráfico de Drogas na GamboaFoto: Elói Corrêa/GOVBA

Familiares de Jonas Freitas Ribeiro, 20 anos, morto na madrugada do último sábado (19/02), próximo a localidade de Nova Constituinte, no bairro de Periperi, acusam policiais da Rondesp BTS de execução.

Mãe do rapaz, a empregada doméstica Jacirlene Santos de Freitas, 39, procurou o Informe Baiano e rebateu a versão policial, que alegou troca de tiros.

“Ele foi para uma festa de paredão com dois amigos em Colinas de Periperi. Aí quando saíram e estavam indo para casa, eles viram a guarnição e os dois amigos correram. Mas ele não conseguiu porque estava bêbado.

Neste momento, meu filho foi alvejado com dois tiros nas pernas e um dos amigos viu. Os amigos se jogaram para dentro dos matos e foi aí que conseguiram se salvar”, pontua.

Após isso, segundo Jacirlene, o jovem foi levado para um matagal, espancado e atingido por vários tiros. Inclusive, afirma a mãe, a camisa de Jonas, que foi localizado posteriormente com marcas de tiros no peito, foi retirada.

“Eu fui na Corregedoria da PM e no DHPP. Eles dizem que deram socorro para o Hospital do Subúrbio, mas quando eu cheguei já não estava lá, estava no IML. O corpo de meu filho estava todo perfurado. Eu tento entender porque tanta crueldade. Já tinha atirado nos pés de meu filho.

Eles poderiam ter levado preso, poderia ter levado pra um hospital, poderia ter feito uma averiguação, deram fim na carteira de meu filho com documentos. Disseram que meu filho estava com uma arma.

Entregaram o celular de meu filho ontem sem o cartão de memória. Queria entender porque eles tiraram o camisa de meu filho para dar vários disparos. Entregaram a camisa de meu perfeita, sem nenhuma marca”, relatou.

“Meu filho não trocou tiros com eles, meu filho trabalhava com o pai como ajudante de pedreiro e planejava fazer a casa dele. Jonas não tinha passagem nenhuma, nunca tinha nem sido abordado e nunca entrou numa delegacia.

Ele era conhecido por todos no bairro. Meu filho não vai ser mais um na estatística, não. Eu quero justiça”, concluiu Jarcilene.

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