Foi marcado o júri popular do caso da fisioterapeuta que recebeu 68 facadas e se fingiu de morta para sobreviver na Bahia

Está marcado para a próxima segunda-feira (8), às 8h, no Fórum Ruy Barbosa, o júri popular do caso da fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, de 36 anos, que após receber 68 golpes de facas a mando do então atual namorado se fingiu de morta. O crime ocorreu em 2019. 

Segundo o advogado criminalista Levy Moscovits, representante da vítima, o júri popular é a última fase do processo no qual os réus serão submetidos a julgamento. Ao final, após manifestação da defesa e da acusação, o futuro dos acusados será decidido. 

De acordo com o advogado, Isabela tem a expectativa de que seu caso sirva como exemplo de punição para os demais praticantes de agressão contra mulher. 

Relembre o caso: 

A fisioterapeuta foi golpeada com 68 facadas e perdeu a visão de um dos olhos após o ataque. Segundo informações de Isabela, o seu então namorado Fábio Vieira foi buscá-la no trabalho e estava acompanhado de dois homens no carro que afirmou serem amigos dele. 

No momento em que o veículo trafegava pela Avenida Bonocô, os homens iniciaram as agressões a vítima.  

“Recebi um mata-leão dentro do carro mesmo. Eu perguntei: ‘Fábio, o que está acontecendo?’ Achei que os dois homens que estavam atrás tinham se revoltado e queriam me assaltar. Quando consegui folgar um pouco o braço [do homem], olhei para o lado e vi aquele homem frio, Fábio, dirigindo o carro tranquilamente. Eu falei: ‘Fábio, me ajude’. E ele disse: ‘Você vai morrer'”, relatou Isabela. 

A mulher precisou se fingir de morta para salvar a própria vida. Após a tentativa de homicídio, os homens tiveram certeza de que a fisioterapeuta estava morta e a jogaram em um matagal na BR-324, em um trecho do município de Simões Filho. Ela foi socorrida por populares que passavam pelo local e levada para o Hospital do Subúrbio, em Salvador. 

Fábio foi preso e conduzido para a Central de Flagrantes, onde foi autuado por sequestro e tentativa de feminicídio, no mesmo dia do crime. Já Alex Pereira dos Santos e Adriano Santos de Jesus suspeitos de esfaquearem a fisioterapeuta, forma presos em 14 de março do mesmo ano. 

Ainda, de acordo com o advogado da vítima, Adriano Santos de Jesus foi liberado pela polícia ainda em 2019, pois foi apurado que ele não participou da tentativa de feminicídio. Portanto, Isabela e Levy estão aguardando a identificação e a prisão do terceiro envolvido no crime.

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