Em sua primeira declaração pública após o episódio, durante um culto em Santos, o ex-ministro disse estar ferido e com o coração partido
O ex-ministro Milton Ribeiro, suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação (MEC), foi a público pela primeira vez desde a prisão pela Polícia Federal, ocorrida em 22 de junho. Em pregação aos fiéis da igreja em Santos (SP), onde é pastor, na noite de domingo (10), o ex-titular do MEC disse estar ferido e com o coração partido em razão do episódio. Ribeiro também pediu a Deus que abençoe o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Pedimos a tua bênção sobre o nosso país, sobre a vida do nosso presidente. Guarda, protege e dirige a vida dele, para que ele cumpra o teu propósito e faça aquilo que for bom para toda a sociedade brasileira”, disse Ribeiro em culto da Igreja Jardim de Oração.
O ex-ministro participou dos dois cultos dominicais da igreja, um pela manhã e outro que começa no final da tarde. Em ambos os momentos, ele demonstrou visível emoção ao tratar do tema, ainda que de maneira genérica e sem entrar em detalhes.
“Eu gostaria de explicar para a igreja, mas não posso, e no momento oportuno isso vai ser feito”, afirmou.
A acusação é de que pastores sem cargo formal na estrutura do ministério operavam um esquema de liberação de emendas. Ribeiro agradeceu pelas orações em prol dele e de sua família.
“O que tem mais me ferido nestes tempos é claro que é o meu nome, o nome da minha família, mas o nome de Deus. Isso tem me deixado o coração partido. Mas tudo a seu tempo. Eu aguardo, estou aprendendo”, afirmou.